O astigmatismo infantil é um erro refrativo comum em crianças e bebês, que causa visão turva ou embaçada de perto ou de longe. Se o problema não for identificado logo cedo, a criança pode forçar muito as vistas, causando fadiga e atraso no aprendizado. A princípio, o astigmatismo infantil tem tratamentos que incluem o uso de óculos, lentes, ou cirurgia refrativa (Lasik).
Não há um motivo específico para o surgimento do astigmatismo, mas sabemos que o fator genético é uma causa importante. Por isso, se os pais já têm o problema, a chance da criança também ter, é bem maior. No entanto, o problema pode aparecer devido a cicatrizes oculares pós-traumáticas ou cirúrgicas.
Em crianças bem pequenas, um grau elevado de astigmatismo pode não apresentar sintomas. Normalmente o problema está ligado a erros refrativos como a miopia ou hipermetropia em que os sintomas comuns são: esforço visual, dor de cabeça, piscar excessivo e falta de concentração.
Para entender mais sobre o astigmatismo infantil, suas causas, sintomas e tratamento, continue a leitura.
Astigmatismo infantil: causas
A curvatura anormal da córnea causa o astigmatismo infantil, gerando visão turva de perto ou de longe e dificuldade em focar. Uma córnea normal é arredondada como uma esfera. Já as córneas astigmáticas são ovais e, por isso, a luz que chega aos olhos deixa as imagens distorcidas.
Em síntese, é comum que crianças de 6 e 12 meses, tenham astigmatismo (23%), entretanto alguns fatores podem aumentar as chances, são eles:
Histórico familiar: o astigmatismo pode ser genético, ou seja, o problema é passado para o bebê através dos pais, avós, etc.
Miopia: esse é outro erro refrativo bem comum, que se a criança tiver, existem chances de ocorrer o astigmatismo.
Hipermetropia: também é um erro refrativo, um complemento da miopia, que presente em crianças pode aumentar a chance do astigmatismo.
Fumar na gravidez: alguns estudos apontam o tabagismo como causa do astigmatismo infantil, após o parto.
Sinais de astigmatismo infantil
Os sinais em crianças muito pequenas são mais difícil de identificar, justamente pelo fato de não conseguirem falar sobre suas dificuldades de visão. Porém, existem muitos exames em que o pediatra consegue identificar se a criança tem algum problema nos olhos ou não.
Por isso fique atento se o seu filho tem algum dos sintomas abaixo, e relate-os para o pediatra infantil:
- Sensibilidade à luz: quem tem astigmatismo tem dificuldade em filtrar a luz, fazendo com que ela pareça embaçada, com listras, ou ”manchada”. Portanto, se a criança for muito sensível à luz, pode ser indício de astigmatismo, entretanto, só o médico pode diagnosticar corretamente.
- Fechar e apertar os olhos: é comum que a criança aperte ou cubra os olhos para tentar focar melhor a visão. Ela pode também inclinar a cabeça para um lado, para tentar corrigir a vista embaçada. Isso pode acontecer ao ver televisão, ler ou mesmo olhar para algo à distância.
- Esfregar os olhos: esse é um sinal de cansaço das vistas e pode acontecer em qualquer idade. Agora, se a criança esfrega os olhos enquanto focaliza um objeto, além do cansaço visual, pode ser uma dificuldade visual. Além de que, esfregar os olhos pode causar mais problemas aos olhos e aos tecidos sensíveis ao seu redor, portanto, não deixe a criança ter essa prática.
- Ver muito de perto telas ou livros: se seu filho lê ou olha telas muito de perto, isso pode ser um problema de visão. As luzes das telas, ou as letras pequenas de um livro, podem aparecer desfocadas para a criança. Por isso a criança senta bem perto da TV ou coloca as telas, ou livros bem próximo dos olhos para ajudar a enxergar melhor.
Astigmatismo pode diminuir com o crescimento?
Cerca de 23% de crianças de 6 e 12 meses possuem astigmatismo, mas conforme crescem e seus olhos se desenvolvem, o problema de refração é corrigido naturalmente. Dessa forma, o número cai de 23% para 9% em crianças de 5 a 6 anos. Embora o problema muitas vezes se corrija sozinho, os pais não devem depender disso.
Os pais ou responsáveis precisam acompanhar o desenvolvimento e o comportamento visual que a criança apresenta, assim como os sinais que já falamos anteriormente, como, por exemplo, dor de cabeça e sensibilidade à luz. Se a criança tem um astigmatismo grave e que não foi tratado precocemente, pode ser que se desenvolva outro problema, como a ambliopia ou olho preguiçoso.
A criança pode deixar de ter astigmatismo conforme seus olhos se desenvolvem, e em casos de crianças muito pequenas e bebês, provavelmente nem precisarão de tratamento. No entanto, em todo caso, mesmo que seja ao menor sinal, é preciso acompanhar junto a um oftalmologista infantil como está a visão da criança caso tenha necessidade de correção.
Em outras palavras, é preciso monitorar o comportamento visual da criança sempre, e quanto antes feita a correção e tratamento, melhor.
Seu filho dá sinais de astigmatismo infantil?
Preste atenção no comportamento do seu filho. Observe os principais sinais:
- sensibilidade à luz;
- apertar e fechar os olhos ao focar em um objeto;
- esfregar os olhos para ver melhor;
- dor de cabeça;
- ler ou ver telas muito de perto.
O astigmatismo infantil tem tratamento, mas precisa ser acompanhado de perto e de preferência precocemente. Observe o comportamento visual do seu filho e veja se a criança apresenta algum dos sinais que apresentamos aqui.
Esse é um problema ocular que não é grave, e em muitos casos desaparece durante o desenvolvimento dos olhos do bebê ou da criança pequena, sem a necessidade de tratamento. Entretanto, os pais nunca devem depender desse fator, é preciso ficar atento aos sinais para evitar o agravamento do problema.
O tratamento, se necessário, pode ser feito através de óculos, lentes ou cirurgias refrativas. Portanto, lembre-se: faça visitas regulares ao médico da criança para evitar possíveis agravamentos de problemas oculares.
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Fontes:
