A Distrofia de Fuchs é uma doença da córnea, genética e progressiva, mas que ainda é pouco conhecida. Além disso, é uma doença que precisa ser diagnosticada o quanto antes, para que a qualidade de vida e a acuidade visual não sejam tão comprometidas.
Ainda não existe cura para essa condição. Ela costuma apresentar os primeiros sintomas a partir dos 30 anos. Mas, vamos falar mais sobre isso nesse artigo e te contar quais são os tratamentos recomendados. Vem com a gente.
Distrofia de Fuchs: o que é
A Distrofia de Fuchs é uma doença genética e que afeta a córnea do olho, causando cicatrizes nessa parte tão fundamental para a acuidade visual. Embora quem tenha a doença já nasça com a condição, os primeiros sintomas demoram para se manifestar.
Sendo assim, só a partir dos 30 anos que é comum perceber os primeiros sinais que tanto afetam a qualidade de vida e a saúde dos olhos. Além disso, existem dois estágios da doença: inicial e estágio posterior.
Nesse contexto, o estágio da doença aumenta porque os endotélios (camadas de células) são afetados de forma progressiva. De forma semelhante, os níveis adequados de fluidos da córnea são afetados e pequenas saliências se formam na parte posterior da córnea.
Depois, o que acontece é um acúmulo de fluido na córnea, provocando inchaço, dor e incômodo, além do edema na região. Aliás, é nesse momento que a visão turva ou embaçada começa a incomodar, ou seja, os primeiros sintomas da doença se manifestam.
Há tratamentos, embora não haja cura, que devolvem a qualidade de vida e da visão. Eles vão desde uso de pomadas, até procedimentos cirúrgicos como o transplante de córnea. Aliás, você sabia que pouca gente conhece e sabe o que é a Distrofia de Fuchs? Bastante gente não sabe como ela afeta a nossa saúde visual.
Além disso, nem mesmo os sintomas são muito conhecidos, por isso, vamos te contar quais são a seguir.
Sintomas da Distrofia de Fuchs
Para cada estágio da Distrofia de Fuchs existem sintomas que ajudam no diagnóstico da condição. Listamos eles para você reconhecer os sintomas que podem não ser muito claros nos estágios iniciais. Veja a seguir.
Estágio inicial (estágio 1)
- Visão turva ou embaçada, mas que melhora ao longo do dia, já que a umidade do olho muda e o fluido seca naturalmente.
Estágio Posterior (estágio 2)
- Visão turva ou embaçada que não melhora ao longo do dia.
- Bolhas que aumentam de tamanho localizadas na córnea.
- Dor e sensação áspera nos olhos.
- Halos ou reflexos de luzes brilhantes.
- Sensibilidade a luz brilhante.
- Problemas oculares piores em locais com muita umidade.
Distrofia de Fuchs e Catarata
Quem sofre com a Distrofia de Fuchs pode também desenvolver catarata, geralmente. Além disso, o estágio da Distrofia de Fuchs vai determinar o tipo de tratamento para esse problema ocular. Nos estágios leves ou moderados da distrofia com catarata, o seu médico pode indicar a cirurgia de catarata, por exemplo.
No entanto, mesmo após a cirurgia, outros procedimentos podem ser necessários. Tais como um transplante de córnea, caso a recuperação seja muito lenta ou se há piora no quadro da distrofia após o procedimento cirúrgico para tratar a catarata.
Causas e progressão da Distrofia de Fuchs
Geralmente, a Distrofia de Fuchs é hereditária. Ou seja, é uma doença que passa de pais para filhos. No entanto, é considerada uma doença de base genética complexa. Isso porque, afeta em muitos casos, de forma diferente, as pessoas de uma mesma família que tenham o gene para a doença. Aliás, não é porque você tem o gene que você necessariamente manifestará a Distrofia de Fuchs.
Apesar disso, já é de conhecimento da ciência que essa doença afeta uma camada dos olhos chamada membrana Descemet. Com isso, as células endoteliais morrem e a absorção de líquido na córnea é prejudicada. Aliás, essas células morrem progressivamente ou não funcionam da maneira esperada, acumulando fluido dentro da córnea e resultando na visão turva e espessamento da córnea.
E justamente por ser uma doença progressiva, afeta muito a população idosa. Isso porque os primeiros sintomas aparecem a partir dos 30 anos. Porém, podem demorar anos até os efeitos nocivos e gravidade da distrofia serem realmente notados. Assim, é comum que idosos com 50 até 60 anos sofram os prejuízos dessa doença genética, já que a visão já está comprometida e está em estágio avançado.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco para a Distrofia de Fuchs são:
- Sexo: é uma doença mais comum em mulheres do que em homens.
- Genética: é uma condição hereditária, por isso, você precisa conhecer o histórico de doenças oculares da sua família.
- Idade: muito mais comum se manifestar entre os 30 até 40 anos. É nesse período que os primeiros sintomas surgem.
Como é feito o diagnóstico da Distrofia de Fuchs
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, geralmente em um exame de rotina. A paquimetria é o exame mais utilizado para o diagnóstico: exame que analisa a córnea do olho, medindo também a espessura dela. Além disso, o médico avalia se existem bolhas na superfície posterior da córnea.
Leia tudo o que você precisa saber sobre o exame da paquimetria
Outra opção de exame é a microscopia especular da córnea. O oftalmologista consegue contar a quantidade de células endoteliais, sabendo se diminuíram ou não, por meio de uma fotografia da córnea, basicamente.
Além desses, existe também a microscopia com lâmpada de fenda que avalia todas as estruturas do olho de forma ampliada. No caso da córnea, o médico consegue avaliar essa parte do olho de forma aumentada, diagnosticando qualquer anormalidade.
Quais os tratamentos para Distrofia de Fuchs
A Distrofia de Fuchs não tem cura, mas existem tratamentos eficazes, que conseguem devolver qualidade de vida e acuidade visual. Além disso, o estágio da condição também determina o sucesso do tratamento. Afinal, na maioria dos casos avançados, o procedimento cirúrgico se torna obrigatório.
Para os casos iniciais da doença os tratamentos são:
- Uso de colírios ou pomadas: que ajudam com a redução do inchaço das células da córnea.
Já para os estágios avançados, com uma córnea com muitas cicatrizes, no entanto, o tratamento é sempre cirúrgico. Podendo ser de dois tipos:
- Transplante de córnea: o centro da córnea afetado é substituído por uma córnea saudável de algum doador.
- Ceratoplastia endotelial (EK): o endotélio e a membrana de Descemet são substituídos pelos tecidos da córnea de um doador saudável.
Transplante de córnea
Por fim, os médicos recomendam o transplante de córnea para tratamento da Distrofia de Fuchsem, em casos avançados. Isso porque a distrofia causa cicatrizes na córnea do olho, afetando a acuidade visual. Sendo assim, é preciso transplantar uma córnea saudável para devolver a qualidade da visão então prejudicada pelo problema.
O procedimento é amplamente realizado atualmente e consiste em transplantar uma córnea saudável de um doador para quem precisar do transplante, ou seja, quem tenha a doença.
Veja tudo o que você precisa saber sobre transplante de córnea
Como está a sua visão?
Nossa visão é muito importante, assim como ir ao oftalmologista regularmente também é. Afinal, doenças como a Distrofia de Fuchs são diagnosticadas através de exames oftalmológicos. No entanto, não apenas essa doença, como também outras que provocam sérios danos à nossa saúde visual.
Ou seja, quanto antes diagnosticado qualquer doença ocular, melhores as chances de sucesso do tratamento e até a cura para algumas condições. Agora, se você não tem nenhuma doença ou problema que afete a visão, o cuidado continua valendo também.
Ir ao oftalmologista com frequência é fundamental para todos. Nunca se esqueça disso, está bem? E, por falar em cuidados com os olhos, nós da Lenscope queremos que você sempre cuide dos seus olhos. Por esse motivo, somos uma Health Tech que acredita no poder de compartilhar informações sobre a saúde visual, tudo para te ajudar a entender melhor esse universo.
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