Setembro chegou há pouco, e a cor verde estampa a campanha para lembrar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos para ajudar a salvar vidas.
Através da campanha “Setembro Verde”, diversas ações e eventos para esclarecer e conscientizar a população ganham destaque durante o mês para mostrar o impacto desse ato de amor ao próximo na vida de quem aguarda na fila por um transplante.
Nos acompanhe nesta leitura e descubra a importância da doação de órgãos no Brasil, o impacto que a pandemia de Covid-19 causou no número de transplantes e também sobre o transplante de córnea, um recurso valioso para a saúde dos nossos olhos.
Setembro Verde: mês de apoio e incentivo à doação de órgãos
Desde 2014, o dia 27 de setembro marca o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, com o slogan “Doe Órgãos, a Vida Continua”. O verde foi a escolha por ser um símbolo mundial da doação de órgãos e representar a cor da esperança daqueles que aguardam ou passam por um transplante.
Embora a campanha também inclua movimentos sobre outras questões de saúde pública e sociais, como a prevenção ao câncer de intestino, a inclusão de pessoas com deficiência, entre outros, um dos maiores destaques é a campanha de conscientização dos familiares de pacientes doadores potenciais.
Por isso, nesse sentido, o Ministério da Saúde e outros órgãos estaduais, como secretarias de saúde e centrais de transplantes, estão promovendo ações para conscientizar a população da importância de comunicar aos seus familiares o desejo de doar órgãos e tecidos.
Afinal, desta maneira, é possível evitar uma das maiores causas de rejeição a doação, que é quando os familiares não permitem o procedimento.
A importância da doação e transplante de órgãos no Brasil
Antes de mais nada, o transplante de órgãos é um procedimento que contribui efetivamente com a melhora da qualidade de vida e também pode fazer a diferença entre a vida e a morte de pacientes no Brasil e no mundo.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo, realizando 95% dos procedimentos que acontecem no país através do SUS. Em números absolutos, estamos na segunda colocação, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).Sobre a doação de órgãos, há doadores vivos e doadores mortos.
No caso de doadores vivos, um indivíduo pode doar :
- um dos rins;
- parte do fígado;
- uma fração do pulmão;
- parcela da medula óssea.
Tratando-se de pessoas mortas, há dois tipos de doadores. O primeiro é o doador falecido com morte cerebral. Aqui, é possível doar:
- coração
- rins
- fígado
- pulmões
- pâncreas
- intestino
- córnea
- pele
- vasos
- ossos
O segundo tipo é quando o doador teve parada cardiorrespiratória, neste caso só será possível a doação de tecidos como:
- córnea
- vasos
- pele
- ossos
- tendões
Vale ressaltar que para as doações de indivíduos mortos, a legislação determina que haja morte encefálica devidamente comprovada. Ou seja, a perda completa e irreversível das funções encefálicas, definida pela parada das funções críticas e de tronco cerebral.
Após o procedimento, é comum que o transplantado volte a ter uma vida normal.
Porém, haverá uma rotina de acompanhamento e responsabilidades a cumprir. E entre as mais importantes será o uso correto das medicações imunossupressoras que agem com o objetivo de impedir a rejeição ao órgão transplantado.
O transplante de córnea
Alguns fatores contribuem para que o transplante de córnea seja um dos mais comuns e seguros, já que para realizar o transplante não se necessita teste de compatibilidade de sangue e tecido, o que aumenta o número de doações. Além disso, a córnea não possui vasos sanguíneos, o que dificulta a sua rejeição pelo sistema imunológico do transplantado.
Para conhecer mais sobre o transplante de córnea, preparamos um artigo dedicado ao tema aqui no portal.
Fila de transplante de córnea aumenta 200% na pandemia
A necessidade de isolamento durante a pandemia foi determinante, tanto para a queda no número de transplantes como para o aumento da fila de espera por uma nova córnea. A razão disto é a negligência, muitas vezes forçada pelo medo de contaminação pelo coronavírus, com a saúde dos olhos e o devido acompanhamento dos seus tratamentos..
Segundo dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos) o número de transplantes de córnea diminui 44% em 2020 no país. Além disso, o levantamento indica um aumento de 200% na fila de espera pelo transplante, que passou de 5,9 mil inscritos em junho de 2020 para 17,5 mil no final do primeiro semestre deste ano.
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