O estrabismo, também conhecido como vesguice ou olho torto, é uma doença em que os olhos não são capazes de olhar para a mesma direção ao mesmo tempo.
Esse distúrbio pode se manifestar desde o nascimento, por fatores genéticos, como também se desenvolver devido a problemas de saúde física, como diabetes ou um AVC, por exemplo ou a partir de um problema de visão, como um grau elevado de hipermetropia.
O estrabismo pode se manifestar de duas formas:
- estrabismo convergente
- estrabismo divergente
Para entender melhor sobre esse problema, continue lendo este artigo que vamos explicar sua causa, sintomas, tratamentos e tudo que você precisa saber sobre esse assunto!
O que causa estrabismo?
Nossos olhos possuem seis pares de músculos comandados pelo nosso cérebro. Eles devem trabalhar para manter o alinhamento correto dos olhos. Isto é, mantê-los paralelos um ao outro.
Porém, alguns fatores interferem no controle desses músculos comprometendo seu funcionamento e provocando o estrabismo.
Segundo o Doutor Dráuzio Varella, os principais fatores que podem alguns dos principais fatores que podem prejudicar o bom funcionamento desses músculos são:
- Dificuldade motora em controlar o movimento dos olhos;
- Doenças neurológicas, como acidente vascular cerebral (AVC);
- Questões genéticas, como Síndrome de Down;
- Baixa visão dos olhos;
- Grau elevado de hipermetropia, quando a pessoa é obrigada a aproximar-se, para compensar a dificuldade da visão.
Esse esforço excessivo de concentração para enxergar pode causar um distúrbio chamado de endotropia acomodativa, que prejudica o alinhamento dos dois olhos.
A endotropia acomodativa costuma se manifestar na pessoa aos dois anos de idade, mas pode surgir mais tarde, ainda na infância, e ser corrigido com o uso do óculos de grau.
Tipos de estrabismo
Segundo o Conselho Brasileiro de Estrabismo (CBE), existem diferentes tipos de desvio causado na visão. São eles:
- Estrabismo convergente, ou esotropia: quando o olho é voltado para dentro. Ou seja, para o nariz.
- Estrabismo divergente ou exotropia: quando o olho é voltado para fora, para as orelhas.
- Estrabismo vertical ou hipertropia: quando o olho é voltado para cima (para a testa), ou para baixo (para o lado das bochechas).
- Estrabismo alternante: o desvio pode variar entre um olho e outro (ora no direito, ora no esquerdo).
- Estrabismo intermitente: quando há variação de alinhamento e desvio, ele não se manifesta constantemente. Esse tipo de estrabismo é mais comum nos desvios divergentes.
Sintomas de estrabismo
O sintoma mais comum e mais evidente é o não alinhamento dos olhos. Ou seja, eles não ficam paralelos um ao outro.
O Doutor Dráuzio Varella afirma que os sintomas podem variar, de acordo com a idade em que o distúrbio começa a se manifestar. A principal queixa nesses casos é a visão duplicada, ou diplopia.
Outros sintomas comuns são dores de cabeça e torcicolo, que se dá pela inclinação de cabeça da pessoa estrábica com o intuito de enxergar melhor.
Estrabismo infantil
No caso das crianças, os principais sintomas são:
- Podem apresentar um desvio em um dos olhos;
- Têm diminuição da nitidez de um olho;
- Inclinar ou virar a cabeça frequentemente, o que pode provocar torcicolo.
Em bebês de até seis meses o estrabismo é comum, pois os músculos responsáveis pelo alinhamento dos olhos ainda não estão 100% desenvolvidos. No entanto, na maioria dos casos, o estrabismo não desaparece naturalmente, e a criança precisa usar óculos infantil para reverter o quadro.
Caso o diagnóstico não seja precoce, com o início imediato de um tratamento adequado, a criança também corre o risco de desenvolver a ambliopia, também conhecida como “olho preguiçoso”.
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Sintomas em crianças mais velhas e adultos
Apesar de ser mais comum nos mais novos, antes dos cinco anos de idade, o estrabismo também pode se desenvolver em crianças mais velhas, até mesmo nos adultos.
Por exemplo, o estrabismo pode se manifestar após alguma doença que afeta o sistema neurológico, como o AVC ou algum tipo de paralisia cerebral.
O estrabismo também pode ser diagnosticado através de diversos exames oftalmológicos, como o teste do reflexo, de acuidade visual, entre outros. Mesmo nos adultos, o diagnóstico precoce é muito importante para evitar que o problema se agrave e haja necessidade de uma intervenção cirúrgica.
Caso perceba algum sintoma, procure um especialista que irá identificar o problema e te direcionar para o tratamento correto.
Confira aqui quando você precisa visitar o seu oftalmologista e tire suas dúvidas.
Estrabismo tem cura?
Quanto mais cedo for detectado, maiores as chances de cura do estrabismo. Mas, caso o distúrbio permaneça, existem tratamentos eficientes que podem ser utilizados para a correção do problema.
Continue acompanhando para saber quais são eles!
Tratamento para estrabismo
Nos adultos, os métodos mais utilizados são a busca por cirurgia de correção e uso de óculos para amenizar o problema. Também podem ser utilizados exercícios ortópticos para o fortalecimento do músculo e aplicação de colírios.
Já em bebês de até seis meses, o uso do tapa-olho é a opção mais procurada pelas mães. Isso porque o tapa-olho obriga a criança a usar apenas um olho – que está desalinhado -, ajudando a desenvolver os músculos deste olho.
Caso o estrabismo se manifeste em crianças mais velhas, além do tapa-olho, será necessário o uso de óculos de grau, pois a criança já não enxerga da forma adequada.
Tratamento para os adultos
Em alguns casos, apenas o uso de óculos de grau é o suficiente para corrigir o desvio. Mas, como dito há pouco, existem outras opções de tratamento que podem ajudar. Entre elas, estão:
- Aplicação de colírios;
- Uso de óculos de grau;
- Exercício ótico de fortalecimento dos músculos dos olhos;
- Tapa-olhos para para estimular o olho desviado a trabalhar os músculos responsáveis pelo alinhamento dos olhos.
Cirurgia para estrabismo
A cirurgia para esse fim só é recomendada quando o estrabismo persistir, mesmo após os outros tratamentos para correção. Nesses casos, o que determina se apenas um olho vai ser operado, ou os dois, é o nível do desvio.
Considerações Finais
Agora que sabe mais sobre o estrabismo, alguns últimos esclarecimentos são necessários!
Para o médico Dráuzio Varella, é errado acreditar que o problema vai desaparecer naturalmente com o crescimento da criança. Então, caso a criança apresente qualquer sintoma, o recomendado é procurar um oftalmologista o quanto antes. Assim, haverá uma avaliação e um diagnóstico adequado para o caso.
Considere que o estrabismo pode ser corrigido em qualquer idade, mas as chances são maiores quando o diagnóstico é feito precocemente. É importante ressaltar que a falta de um tratamento adequado e seguido à risca pode acarretar na perda total da visão do olho comprometido pelo estrabismo.
Em qualquer situação, fique atento à saúde de seus olhos! Faça visitas periódicas a um oftalmologista, mesmo que como prevenção, ou ao sentir qualquer dificuldade na sua visão.
O que achou desse artigo? Avalie nas estrelinhas e conte para a gente nos comentários se conhece alguém que tem estrabismo e precisou fazer algum procedimento. Estamos ansiosos para saber de vocês!
Fontes