Em quase dois anos de pandemia, sabemos que o número de mortes é altíssimo. E, além disso, vários prejuízos ainda acontecem em virtude do vírus. Como, por exemplo, o prejuízo no tratamento e detecção de doenças como o glaucoma ocular.
Neste artigo, falaremos sobre o que é a doença, como prevenir, quais são os tratamentos, como a pandemia prejudicou o tratamento e como é possível detecção.
Glaucoma Ocular: o que é?
Glaucoma é uma doença que afeta o nervo óptico, localizado na retina do olho – responsável por enviar imagens ao cérebro.
Normalmente a condição é hereditária. Ou seja, passada dos pais para os filhos. Acontece com mais frequência em idosos, apesar de ser possível em qualquer idade. Nesse sentido, o glaucoma ocular é um dos principais fatores causadores de cegueira. Ainda mais em pessoas com idade superior a 60 anos.
O que causa o glaucoma ocular
Em resumo, o glaucoma ocular é uma doença causada por um aumento inesperado da pressão dentro do olho. Assim, por consequência, a pressão dentro do olho (chamada de pressão intraocular – PIO) danifica o nervo óptico. Ele é o responsável por enviar imagens ao cérebro.
Só para ilustrar, entenda no passo a passo a seguir um pouco de como funciona a estrutura do seu olho.
- Na parte de trás do olho existe a produção de um fluido transparente chamado de humor aquoso.
- À medida que o olho produz o fluido, o líquido preenche a parte frontal do olho.
- Em seguida, sua saída dos olhos acontece através dos canais da córnea e da íris. Caso esses estejam obstruídos, a pressão natural em seu olho (PIO) pode aumentar.
- O aumento dessa pressão pode prejudicar o nervo óptico.
- Logo depois, à medida que o nervo óptico é danificado, você pode começar a perder a visão.
A comunidade médica ainda não sabe ao certo quais são as causas desse aumento de pressão. Porém, acredita-se que alguns fatores podem causar o glaucoma ocular. Confira alguns deles:
- Medicamentos – corticoides, por exemplo
- Colírios
- Fluxo sanguíneo desfavorável. Ou, com nível reduzido para o nervo óptico.
- Pressão alta
Como a pandemia prejudicou os cuidados com o glaucoma ocular
Os primeiros casos de coronavírus surgiram em dezembro de 2019, na China. E, de acordo com levantamentos, desde o início da pandemia já são quase 5 milhões de mortes pelo mundo todo por consequência do vírus.
Apenas no Brasil, o número de óbitos já passa da casa dos 600 mil. Mas, além das mortes, muitas pessoas infectadas pelo vírus desenvolveram sequelas da doença.
Além disso, a pandemia gera efeitos “secundários”, como:
- diagnósticos de doenças que deixaram de ser realizados e
- tratamentos interrompidos, nem iniciados ou realizados incorretamente por causa do isolamento.
Frequentemente, as consequências vão sendo notadas aos poucos. E uma delas está relacionada ao glaucoma.
De acordo com dados levantados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), houve uma queda de 1,6 milhão de exames direcionados à detecção precoce do glaucoma pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Só para exemplificar, apenas no ano de 2019, a quantidade de exames dessa origem realizados na rede pública de saúde chegou a 5,9 milhões. Mas, no período da pandemia, essa produção nacional chegou a apenas 4,3 milhões.
Em outras palavras, cerca de 6.500 possíveis cirurgias de tratamento do glaucoma ocular não aconteceram ao longo do ano de 2020.
Isso significa que inúmeros pacientes sequer tiveram seus diagnósticos. E, muito menos chegaram a fazer a cirurgia. O que gera grande transtorno na vida dos pacientes, já que a detecção precoce é indispensável no tratamento do glaucoma. Afinal, a doença ocular tende a piorar com o tempo.
Detecção do glaucoma
Na maioria dos casos, o glaucoma não apresenta sintomas precocemente. Sendo assim, visitar seu oftalmologista é extremamente importante para acompanhar a saúde dos seus olhos e detectar qualquer possível alteração.
Afinal, a falta de acompanhamento e detecção precoce da doença pode, como consequência, levar a perda da visão a longo prazo.
Assim, para proteger sua visão dos efeitos causados pelo glaucoma ocular, é importante realizar exames oftalmológicos completos e regularmente.
Confira 5 testes capazes de diagnosticar e monitorar o glaucoma ocular:
- Gonioscopia – o diagnóstico examina se o ângulo onde a íris chega na córnea é aberto e amplo ou estreito e fechado.
- Paquimetria – exame simples e indolor que mede a espessura da córnea.
- Perimetria – nesse teste é produzido um mapa do campo de visão completo do paciente. Logo, o especialista conseguirá determinar se a visão foi afetada pelo glaucoma.
- Oftalmoscopia – usa-se colírio para dilatar a pupila. Assim, o médico consegue enxergar através do olho do paciente e examinar a cor e a forma do nervo óptico.
- Tonometria – inicialmente é usado colírio para interromper os movimentos dos olhos. Logo após, o especialista usa o tonômetro (dispositivo que mede a pressão interna do olho).
Tratamentos para o glaucoma ocular
- Colírio
Não raro, os colírios são a principal opção de tratamento para o glaucoma ocular. E são vários os tipos diferentes que podem ser utilizados, mas todos atuam reduzindo a pressão nos olhos.
- Medicamentos orais
Caso o colírio não reduza a pressão ocular como o esperado, possivelmente o médico irá prescrever um medicamento oral.
- Cirurgia
A cirurgia é provável de ser indicada em casos raros, quando outros tratamentos como com colírios ou laser, por exemplo, não são eficazes.
- Tratamento a laser
São frequentemente recomendados para os casos em que os colírios não conseguem melhorar os sintomas de glaucoma.
Em dia com seus exames oculares?
Definitivamente, manter os cuidados com a saúde e os exames em dia só podem te proporcionar benefícios, não é mesmo? Estamos sempre aqui “batendo na tecla” de que a prevenção é sempre a melhor opção. E, caso a prevenção não baste, um diagnostico precoce ajuda muito a ter mais chances de recuperação.
Não podemos negligenciar a saúde dos nossos olhos. Afinal, você pode conferir no artigo de hoje como o glaucoma pode mudar sua visão para sempre. E, além disso, não podemos deixar de citar alguns outros cuidados para finalizar esse tema:
- Evite consumir café em excesso, pois segundo estudo cientifico recente, o café faz mal aos olhos e pode aumentar o risco de glaucoma.
- Por fim, evite alguns gatilhos para glaucoma agudo como ambientes escuros, estresse e alguns medicamentos antidepressivos.
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