Hiperemia: o que é, como afeta os olhos e tudo sobre hiperemia conjuntival

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A hiperemia acontece quando há uma quantidade grande de sangue nos vasos de um órgão ou tecido do corpo. Por isso, de maneira geral, trata-se de uma alteração na circulação sanguínea. Essa condição pode afetar, por exemplo o fígado, o coração, a pele, o cérebro e também os olhos. Nesse caso, surgem sintomas como vermelhidão e região fica mais quente que o normal.

Nos olhos, alguns fatores podem ser responsáveis pela hiperemia conjuntival. Porém, independente do órgão em que ocorra, é possível se prevenir. Mas, continue lendo e saiba quais são as causas, os principais sintomas e a prevenção para a hiperemia! 

O que é hiperemia

A hiperemia ocorre quando o excesso de sangue se acumula dentro do sistema vascular, que é o sistema de vasos sanguíneos do corpo. Ou seja, uma quantidade de sangue maior que a necessária é levada a uma determinada área. Dessa forma, o acúmulo de sangue pode se apresentar como uma área vermelha, quente, dolorida e inchada. Esses sinais, junto com a perda da função da parte do corpo onde ela ocorre,  são considerados os cinco sinais originais de inflamação. 

Mas, há dois tipos de hiperemia e cada um deles tem uma causa distinta. Continue lendo para saber mais!

Tipos de hiperemia

A hiperemia pode ser dividida em dois tipos: hiperemia ativa e hiperemia passiva.

Os tipos de hiperemia podem ser divididos em hiperemia local, ou seja, em uma área específica. Ou hiperemia geral, afetando todo um sistema do corpo. Além disso, a hiperemia pode ser aguda ou crônica. Isso significa que pode acontecer rapidamente e por um curto período de tempo. Ou pode persistir por um longo período de tempo. Por isso, para que entenda melhor, separamos os detalhes de cada tipo de hiperemia a seguir:

Hiperemia ativa

A hiperemia ativa é uma resposta fisiológica a algo que está acontecendo no corpo. É uma forma aguda de hiperemia. Por exemplo, há mais sangue no sistema digestivo após uma refeição, mais sangue nos músculos após o exercício físico e mais sangue no rosto quando uma pessoa fica vermelha. Isso ocorre porque há uma demanda por oxigênio e nutrientes naquela área específica, dependendo de nossas atividades. 

Há dois tipos diferentes de hiperemia ativa:

  • Hiperemia ativa geral aguda: porque há aumento do fluxo sanguíneo no corpo;
  • Hiperemia ativa local aguda: quando há um aumento da quantidade de sangue em uma área, como perna, estômago ou pulmão. Esta é a forma mais comum de hiperemia.

Hiperemia passiva

Também conhecida como congestão, a hiperemia passiva pode ser aguda ou crônica.

A hiperemia passiva crônica geralmente ocorre nos sistemas de órgãos do pulmão, fígado e membros inferiores. Contudo, apesar de poder ser localizada em uma área, se o fluxo sanguíneo no coração estiver sendo impedido, afetará todo o sistema.

Isso ocorre quando há diminuição do fluxo de saída dos vasos sanguíneos. Porém, independente do tipo de hiperemia, alguns fatores podem ser os responsáveis por sua ocorrência. Veja a seguir quais são as causas da hiperemia!

Causas da hiperemia

Cada tipo de hiperemia tem uma causa diferente. A hiperemia ativa, por exemplo, é causada por um aumento do fluxo sanguíneo para os órgãos quando há a necessidade de mais sangue naquela região. Dessa forma, as principais causas incluem por exemplo:

Exercício Físico

Durante o exercício físico, seu coração e músculos precisam de mais oxigênio, porque você está ativo. Então, o sangue corre para esses órgãos para fornecer oxigênio extra. Afinal, seus músculos precisam de até 20 vezes o suprimento normal de sangue durante um treino. 

Calor

Quando você está com febre alta ou faz calor do lado de fora, o sangue extra flui para sua pele para ajudar seu corpo a liberar um pouco do calor;

Digestão

Depois de comer, o estômago e os intestinos precisam de mais sangue para ajudá-los a quebrar os alimentos e absorver os nutrientes;

Inflamação

Durante uma lesão ou infecção, o fluxo sanguíneo para o local aumenta;

Menopausa

As mulheres que estão na menopausa costumam ter ondas de calor, o que causa um fluxo de sangue para a pele – especialmente para o rosto, pescoço e tórax. Por exemplo corar é uma resposta semelhante;

Liberação de um bloqueio

 A hiperemia pode ocorrer após a isquemia, que é o fluxo sanguíneo insuficiente para um órgão. Então depois que a isquemia é tratada, o sangue corre para a área.

A passiva ocorre quando o sangue não consegue drenar adequadamente em um órgão e por isso começa a se acumular nos vasos sanguíneos. Suas causas incluem:

Insuficiência cardíaca ou insuficiência ventricular

Os ventrículos esquerdo e direito são as duas principais câmaras de bombeamento do coração. O ventrículo direito bombeia sangue para os pulmões, e o ventrículo esquerdo bombeia sangue rico em oxigênio para o corpo. Mas, quando o coração não consegue bater bem o suficiente para empurrar o sangue pelo corpo, o sangue começa a voltar. Então, esse backup causa inchaço ou congestão em órgãos como fígado, pulmões, baço e rins;

Trombose venosa profunda (TVP)

A TVP é causada por um coágulo em uma das veias profundas – geralmente na parte inferior das pernas. No entanto o coágulo pode se soltar e se alojar em uma veia do pulmão, o que é chamado de embolia pulmonar;

Trombose da veia hepática (HVT)

Também chamada de síndrome de Budd-Chiari. HVT é uma obstrução nas veias do fígado causada por um coágulo sanguíneo. 

Veja a seguir quais são os sintomas da hiperemia!

Sintomas

Os principais sintomas são, por exemplo:

  • Vermelhidão;
  • Região mais quente que o normal;
  • Inchaço;
  • Pulso facilmente sentido.

Porém, há outros sintomas que dependem da causa do problema. No geral, os sintomas de insuficiência cardíaca incluem:

  • Falta de ar;
  • Tosse ou respiração ofegante;
  • Inchaço na barriga, pernas, tornozelos ou pés causado pelo acúmulo de líquido;
  • Fadiga;
  • Perda de apetite;
  • Náusea;
  • Confusão;
  • Batimento cardíaco rápido.

Os sintomas de TVP incluem:

  • Inchaço e vermelhidão na perna;
  • Dor;
  • Região quente;

Os sintomas de HVT incluem, por exemplo:

  • Dor no lado superior direito do abdômen;
  • Inchaço nas pernas e tornozelos;
  • Cãibras nas pernas e pés;
  • Coceira .

Hiperemia conjuntival: como afeta os olhos

A conjuntiva é uma membrana mucosa que reveste a parte interna da pálpebra e é dividida em três partes: a conjuntiva bulbar, palpebral e forniceal. Mas, a hiperemia conjuntival é uma reação que aparece como dilatação e vermelhidão dos vasos conjuntivais. 

Geralmente, a hiperemia conjuntival segue um padrão ao afetar os olhos. Ela aparece com a maior vermelhidão nos fórnices e desaparece em direção ao limbo. Pode causar ardor ou mesmo um aumento da pressão intraocular. Mas, contudo, a hiperemia ocular pode ser usada para diagnosticar doenças nos olhos. Saiba mais a seguir!

Hiperemia ocular usada para diagnosticar doenças nos olhos

Não é de hoje que a hiperemia ocular é uma marca registrada de várias doenças oftálmicas. 

A localização da vasodilatação e a intensidade da vermelhidão são características que ajudam a classificar a hiperemia e fazer o diagnóstico de enfermidades, porque elas variam com diferentes doenças. Entre os distúrbios que podem ser diagnosticados estão:

Conjuntivite bacteriana

A vasodilatação superficial, especialmente quando aparece na conjuntiva bulbar, costuma ser indicativo de conjuntivite bacteriana. Mas, a vermelhidão raramente está presente no limbo. Geralmente, neste caso, a vermelhidão se manifestará unilateralmente, pelo menos no início da infecção. Mas, irá progredir em intensidade com o tempo;

Olhos secos

Embora a etiologia subjacente do olho seco possa ser difícil de determinar caso a caso, a hiperemia ocular que surge devido à condição é bastante consistente. Afinal, a dilatação de vasos horizontais finos, principalmente na fissura inter palpebral, é comum. Geralmente, a hiperemia indicativa de olho seco apresenta uma tonalidade avermelhada suave;

Infecção ocular grave

Infecções graves que ameaçam a visão, incluindo endoftalmite e ulceração da córnea, também demonstram diferenças em termos de padrões de vermelhidão. O aparecimento de uma tonalidade vermelha ou quase roxa, frequentemente com envolvimento de vasos esclerais profundos, é motivo de preocupação. Nesses casos, é necessário passar por uma análise mais profunda para o diagnóstico correto. 

Congestão ocular matinal

Quando alérgenos, microorganismos e irritantes ficam presos no filme lacrimal sob as pálpebras durante o sono, pode ocorrer um leve estado de inflamação. Enquanto os leucócitos conjuntivais respondem em um esforço para eliminar esses intrusos, as secreções meibomianas e lacrimais continuam a introduzir ingredientes lacrimais, incluindo lactoferrina, lisozima, lipocalina e IgA.

Todos eles contribuem para a defesa ocular inata. Então, o edema da pálpebra e hiperemia, típicos da inflamação, podem ser observados ao acordar como o aparecimento de pálpebras inchadas, também conhecido como congestão ocular matinal;

Iritis

Embora de origem patológica variada, o diagnóstico e o tratamento cuidadosos da irite são essenciais para evitar sequelas, como catarata e glaucoma

Além disso, é importante ficar atento ao aparecimento de qualquer anormalidade em nossos olhos. Assim você evita  complicações mais graves. E apesar de a hiperemia em si não causar complicações, algumas condições que causam hiperemia podem gerar problemas como:

  • Problemas de válvula cardíaca;
  • Dano ou falha renal;
  • Problemas de ritmo cardíaco;
  • Dano ou insuficiência hepática;
  • Embolia pulmonar.

Aliás, veja como prevenir a hiperemia!

Prevenção

De forma geral, a hiperemia ativa é uma resposta benéfica para ajudar o corpo a obter oxigênio e nutrientes. Mas, a hiperemia passiva, por outro lado, está intimamente associada à insuficiência cardíaca. Contudo, existem algumas mudanças no estilo de vida que você pode fazer para evitar isso, por exemplo:

  • Seguir uma dieta saudável para o coração;
  • Se exercitar regularmente;
  • Perder peso se estiver acima do peso.

Além disso, é importante buscar por informações que o ajude a cuidar da saúde de forma efetiva. Principalmente no que diz respeito aos nossos olhos. Afinal, na correria do dia a dia, às vezes deixando o cuidado com nossos olhos de lado.  

Por isso, nós da Lenscope, somos pioneiros em facilitar o acesso à saúde ocular para as pessoas, buscamos valorizar seu tempo e nos empenhamos em levar o máximo de informação de forma simples para que você possa cuidar da sua saúde de forma prática.

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Fonte:

Healthline

Medicalnewstoday

Springer

Reviewofophthalmolog

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3 comentários em “Hiperemia: o que é, como afeta os olhos e tudo sobre hiperemia conjuntival”

  1. Sebastião Custódio de Souza

    Olá boa noite estou com problema circular nas pernas que me dói muito meus dedos do pé inclusive me deixa os dedos roxo num tom meio que azulado meu médico aconselhou a ficar com as pernas pra cima a dor e a escuridão melhorou só que estou com muito furmigamento na face será que não povo ter um novo avci

    1. Olá Sebastião, tudo bem?
      Quanto a sua dúvida, não é possível respondê-la sem uma avaliação médica!
      O mais indicado é você ir ao médico e contar tudo o que está sentindo. Assim, ele pode fazer um diagnóstico completo do seu problema e das dificuldades que está sentindo.

  2. Marlene Mannrich Farber

    Fiz uma indisciplina onde o resultado foi Esôfago: observamos pequenas erosões em mucosa de terço distal. Estômago: a mucosa de antro apresenta edema e hiperemia. Duodeno: sem alterações endoscópicas.

    Conclusão Conclusão:

    Este erosiva (Grau A). Gaste enantematosa de antro. H pylori (-).

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