A íris do olho é onde a cor dos olhos é definida e funciona também como uma espécie de diafragma de uma câmera fotográfica. Assim, ela controla o tamanho da nossa pupila de acordo com a intensidade da luz que estamos opostos.
Dessa forma, dentro da íris, existe um músculo capaz de contrair ou relaxar a nossa pupila. Assim, diante da exposição à luz forte, como a luz solar, esse músculo contrai e a pupila também.
Já quando estamos expostos a baixa quantidade de luz, como à noite, este músculo da íris dilata e assim também acontece com a pupila.
Infelizmente, existem problemas e doenças que podem afetar diretamente a nossa íris, causando bastante desconforto. Nesses casos, há a necessidade de tratamento.
Veja quais são as doenças mais comuns que afetam a íris.
Anatomia da íris
A íris do olho é uma estrutura bastante fina e circular, formada por músculos. Inclusive, a nossa íris está conectada ao corpo ciliar e, graças a isso, está em contato constante com o fluido do olho, o humor aquoso.
Aliás, é graças ao corpo ciliar também que nossa íris consegue contrair ou dilatar, já que ele está conectado diretamente com o cristalino do nosso olho.
Função da íris
Dentre as principais funções da íris do olho, destacamos:
- Papel de regular a quantidade de luz que entra em nossos olhos: há a dilatação e a contração da pupila, dependendo da quantidade de luz a qual nos expomos.
- Realiza o “reflexo da acomodação”: trata-se da capacidade do olho em mudar o foco de objetos que estão perto para outro objeto que está mais distante do nosso campo de visão.
Comentar que a íris é como uma forma de DNA
A nossa íris é capaz de ajudar na identificação de pessoas. Testes, como a biometria, podem ser realizados usando a íris de um indivíduo.
Isso porque a nossa íris nunca será igual a de outra pessoa, tornando-nos únicos, assim como a nossa digital.
Além disso, testes de reconhecimento pela íris são muito mais rápidos com relação a autenticação de resultados.
E sabia que até mesmo para gêmeos idênticos o reconhecimento pela íris é eficaz?
A explicação para a íris ser uma ótima opção de reconhecimento em testes de biometria é que ela adquire características distintas e únicas durante a gestação, assim como as digitais de nossos dedos.
Outro fator que ajuda é que ela nunca segue padrões genéticos, herdados dos pais, por isso, é tão exclusiva para cada indivíduo.
Além disso, a título de curiosidade, em testes de reconhecimento usando a íris em 2 milhões de pessoas, houve 100% de eficácia, segundo o GTA- Grupo de Teleinformática e Automação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A cor da íris
A cor da nossa íris é determinada pela concentração do pigmento chamado melanina. Todos nós temos esse pigmento na íris do olho, no entanto, o que muda é a quantidade que cada um tem.
Em olhos castanhos, por exemplo, há grande quantidade de pigmentos de melanina. Já em olhos claros – azul ou verde – pouca concentração.
No entanto, até nos olhos claros há concentração do pigmento melanina na íris do olho.
Além disso, existem diferentes cores de íris do olho:
- Marrom
- Azul
- Verde
- Avelã
- Cinza
Tamanho da pupila
O tamanho da nossa pupila pode aumentar (dilatar) ou diminuir (contrair), conforme a quantidade de luz a qual nos expomos.
Além disso, é a íris do nosso olho que será responsável pela dilatação ou contração da pupila.
Isso porque existem dois músculos na íris, sendo que um contrai a pupila (esfíncter pupilar circunda a borda da pupila) e o outro dilata ( pupila dilatadora).
É interessante também saber que estes dois músculos estão conectados, já que o músculo que dilata deve relaxar para o músculo que contrai poder contrair.
Anomalias da íris e da pupila
Algumas anomalias podem afetar a íris e a pupila do nosso olho. Listamos algumas para você ter conhecimento e entender o que cada anomalia provoca:
- Aniridia: um defeito genético, sendo que a pessoa nasce com apenas uma íris
- Coloboma: afeta a íris diretamente, provocando um grande orifício nela
- Dyscoria: é um distúrbio que deixa a pupila irregular ou distorcida, afetando a dilatação dela
- Corectopia: quando a pupila está descentrada
- Synechiae: aderências que ocorrem entre a lente do olho e a íris. Se não for tratada, pode levar ao glaucoma
Coloboma da íris
Coloboma da íris é quando ocorre uma má formação da íris do olho. Geralmente, a pessoa nasce já com esta anomalia.
Pode ser causada também por traumas na íris, hereditariedade e cirurgias nos olhos.
Os principais sintomas da anomalia é visão turva ou diminuída, formato da íris irregular ou presença de um “buraco” grande na íris.
Outras condições associadas à anomalia
Várias doenças, condições ou distúrbios podem estar associados à anomalia da íris do olho.
Veja quais são as mais comuns:
- Glaucoma – Esse problema de visão que causa aumento da pressão intraocular pode também provocar mudança no posicionamento da íris, já que interrompe o movimento do humor aquoso.
- Anisocoria – Ocorre quando as pupilas têm tamanhos diferentes e pode, portanto, afetar a íris do olho também, não representando gravidade. Essa condição acontece por traumas no olho, cirurgias ou pela síndrome de Horner.
- Síndrome de Horner – Essa doença afeta diretamente os nervos faciais e, por isso, as pupilas também. É uma doença presente desde o nascimento
- Heterocromia – é uma condição sem uma causa definida pelos especialistas. Não provoca sintomas, geralmente não representa risco à nossa saúde ocular e têm vários tipos da condição. Se caracteriza pela coloração diferente de cada íris do olho ou quando parte de uma das íris tem uma cor e o restante tem outra cor
- Atrofia essencial da íris – É grave, rara e causa o deslocamento da íris, o subdesenvolvimento dela ou perfuração da íris. Afeta apenas um olho
- Midríase Traumática – Resultado de um trauma no olho que causam rasgos no tecido da íris e que levam a pupila terem formas diferentes
- Iridoplegia – Geralmente está associado a um impacto na órbita do olho, podendo ser causado por uma inflamação. Afeta o músculo da íris responsável pela contração da pupila
- Síndrome de Holmes-Adie – conhecida como pupila de Adie é quando o olho tem uma pupila maior do que a outra, sendo incapaz de se ajustar às mudanças de luz.
Como saber se a sua íris está saudável
É possível saber se a nossa íris está ou não saudável, mas para isso, será preciso você se consultar com um oftalmologista.
Apenas o seu médico de confiança poderá realizar os seguintes testes:
- Observação pupilar: o médico avalia a íris e a pupila como um todo, direcionando uma luz diretamente no olho, em ambiente escuro. Avalia a forma e a reação à luz da íris e pupila.
- Teste de reflexo de luz: Avalia a resposta da íris em diferentes condições de iluminação. O teste pede para usar um dos olhos para focalizar um objeto, enquanto no outro é direcionado um feixe de luz.
- Teste do reflexo próximo: Avalia a acomodação da íris e capacidade de mudança de foco dos objetos. Em uma sala pouco iluminada, o médico pede para o paciente focalizar um objeto distante, enquanto ele aproxima outro objeto para mais próximo.
- Teste de lanterna oscilante: Avalia se as duas íris conseguem trabalhar juntas, se contraindo ao mesmo tempo. Isso é feito direcionando luz para cada olho e vendo a resposta de cada um (se contraem juntos ou não).
Olá! Por favor, me esclareçam uma informação, tirei uma foto dos meus olhos com flash e as pupilas apresentaram cinza tipo uma sombra acinzentada. Tenho 57 anos e uso óculos, o que seria? Desde já agradeço o esclarecimento.
Olá, Maria. Tudo bem? O ideal é que você procure um oftalmologista da sua confiança e explique a ele o que aconteceu, ele é o profissional adequado para esclarecer suas dúvidas e orientá-la com precisão.
Sempre que precisar, estamos aqui. 🙂