Linfoma intraocular: entenda o que é e como afeta a visão

Linfoma intraocular: entenda o que é e como afeta a visão
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O linfoma intraocular, também conhecido como linfoma vitreorretiniano, se trata de uma condição oftalmológica rara, porém séria, que afeta a saúde visual de indivíduos em todo o mundo. Também conhecido como linfoma ocular primário, esse tipo de câncer ocorre nas estruturas oculares, envolvendo principalmente o olho e suas partes adjacentes. 

Por isso, neste artigo, exploramos o que é o linfoma intraocular, os grupos de pessoas com maior incidência de desenvolvê-lo, os sintomas, fatores de risco, opções de tratamento e se há formas eficazes de prevenção. 

Linfoma intraocular: entenda o que é 

O linfoma intraocular é uma forma rara de câncer que se origina nas células do sistema linfático. Nesse sentido, diferentemente de outros tipos de linfomas, que geralmente surgem nos gânglios linfáticos, o linfoma intraocular surge primariamente no olho. Geralmente, é classificado como um linfoma não-Hodgkin, um grupo heterogêneo de cânceres linfáticos que afetam as células linfáticas, surgindo como uma resposta imunológica anormal das células linfoides (espécie de glóbulos brancos), localizadas no globo ocular. 

Existem dois tipos principais de linfoma intraocular: o primário e o secundário. O linfoma primário é o mais comum, surgindo no sistema nervoso central. Ele afeta a retina (camada interna sensível à luz na parte posterior do olho), o líquido vítreo (líquido dentro do globo ocular), e a cabeça do nervo óptico (responsável por enviar sinais visuais do olho para o cérebro).

Por outro lado, o linfoma intraocular secundário se espalha para os olhos a partir de outras partes do corpo, afetando, por exemplo, a camada coroide, também conhecida como úvea.

Linfomas intraoculares se tratam de uma espécie de câncer ocular que podem ser facilmente confundidos com sintomas de outras doenças oculares, apresentando sintomas como sensibilidade à luz, visão embaçada, olhos irritados, entre outros. Por isso, é de suma importância realizar exames regulares com um oftalmologista, quanto mais cedo o linfoma for identificado, maiores as chances do tratamento dar certo.

Sintomas mais comuns de linfoma intraocular

Um sinal comum de linfoma intraocular é a uveíte, ou inflamação ocular, ocorrendo em 75% dos casos. Os sintomas podem ser confundidos e responder ao tratamento da uveíte facilmente, sendo difícil para os médicos identificar o diagnóstico correto. 

Além disso, algumas pessoas podem ter vitreíte, uma inflamação do vítreo do olho que requer exames específicos para ser diagnosticada. Os sintomas do linfoma intraocular podem ser leves no início, mas geralmente incluem:

  • Visão turva ou embaçada;
  • Manchas escuras como sombras na visão;
  • Olhos vermelhos e irritados;
  • Sensibilidade à luz intensa;
  • Perda gradual da visão.

Linfoma intraocular: principais fatores de risco

Embora as causas exatas do linfoma intraocular ainda não sejam totalmente descobertas, alguns fatores de risco foram identificados, incluindo como, por exemplo, idade avançada e sistema imunológico comprometido. Sobretudo, pessoas entre 50 e 60 anos, com imunidade baixa, correm mais riscos de desenvolver a doença. Outros fatores de risco incluem:

  • Medicamentos imunossupressores;
  • HIV/AIDS;
  • Artrite reumatoide e outras doenças autoimunes;
  • Infecção pelo vírus Epstein-Barr.

Diagnóstico e tratamento 

O diagnóstico correto do linfoma pode incluir exames como biópsias, exames de imagem e testes genéticos. No entanto, ele não é fácil de realizar,  isso porque o linfoma intraocular apresenta muitos sintomas parecidos com o de outras doenças oculares. 

Nesse sentido, um diagnóstico tardio pode ocasionar o espalhamento do linfoma para outras partes do corpo, como cérebro e medula espinhal, reduzindo o sucesso do tratamento e diminuindo o tempo de vida do paciente. Todavia, com toda tecnologia e novas ferramentas de tratamento surgindo, o tratamento de linfomas tem evoluído, mostrando mais eficácia no combate à doença.

Tratamentos disponíveis para linfoma intraocular

  • Quimioterapia: a quimioterapia pode ser realizada por meio de uma veia (através do líquido cefalorraquidiano ou diretamente no olho), então a aplicação é feita no olho ou no líquido espinhal, proporcionando que o tratamento seja feito diretamente no olho, diminuindo possíveis efeitos colaterais. Os medicamentos mais prescritos são o metotrexato e Rituxan (rituximabe);
  • Radioterapia: este tratamento utiliza de quantidades abundantes de energia para matar as células cancerígenas e diminuir os tumores. A radioterapia com feixe externo feito em baixas doses é o tratamento mais recomendado para linfomas intraoculares bilaterais. Contudo, ele também pode ser eficaz na prevenção do espalhamento do linfoma no cérebro ou medula espinhal. 

É possível prevenir o linfoma intraocular?

Não existe uma forma de prevenir o linfoma intraocular, no entanto, existem hábitos estratégicos e cuidados disponíveis para tentar evitar a doença. Alguns fatores de risco foram identificados, incluindo idade avançada e comprometimento imunológico. Por isso, como medida preventiva, é importante manter um estilo de vida saudável e realizar exames oftalmológicos regulares pode ajudar a detectar a condição em estágios iniciais.

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Você aprendeu que o linfoma intraocular é uma condição oftalmológica rara, mas, muito séria, que afeta principalmente a saúde visual de pessoas mais velhas e imunocomprometidas. 

Dessa forma, saber identificar os sintomas precocemente e buscar tratamento adequado, é essencial para preservar a visão e garantir a qualidade de vida. Faça exames oftalmológicos regulares e procure um estilo de vida saudável, como praticar esportes e melhorar a alimentação. Esses hábitos podem auxiliar na detecção precoce e na prevenção dessa condição. 

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Fontes:

My Health Team 

New York Eye Cancer Center

Nebraska Hematology Oncology

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