Com o passar dos anos, o olho de idoso passa por diversas mudanças. A visão pode ficar mais embaçada, os olhos podem lacrimejar mais e até parecer menores. Mas por que isso acontece? Continue a leitura para saber mais.
Como é a visão de um idoso?
O olho do idoso passa por diversas transformações naturais ao longo do tempo. A visão pode ficar mais embaçada, a sensibilidade à luz pode aumentar e a capacidade de enxergar de perto costuma diminuir. Além disso, essas mudanças fazem parte do envelhecimento, mas não precisam comprometer a qualidade de vida se forem bem acompanhadas.
Com o avanço da idade, algumas adaptações se tornam necessárias. Atividades simples, como ler, dirigir ou reconhecer rostos à distância, podem exigir mais esforço.
Além disso, a visão periférica pode reduzir, o que aumenta o risco de esbarrões e quedas. Muitas doenças oculares, como a catarata e o glaucoma começam de forma silenciosa e só dão sinais quando já estão avançadas, tornando os exames oftalmológicos regulares ainda mais importantes.
Outro ponto de atenção é que problemas de saúde como diabetes e hipertensão também podem afetar os olhos, aumentando o risco de complicações na visão.
Por que os olhos dos idosos lacrimejam?
Se você já percebeu que os olhos de um idoso lacrimejam com frequência, saiba que isso é mais comum do que parece. Portanto, com o tempo, a pele das pálpebras perde firmeza e pode se afastar ligeiramente do globo ocular, dificultando a drenagem das lágrimas.
Como resultado, elas se acumulam e escorrem com mais facilidade. Nesse sentido, outra causa frequente é a síndrome do olho seco, que pode parecer contraditória, mas faz todo o sentido.
Afinal, quando os olhos não produzem lágrimas de qualidade suficiente para manter a lubrificação, eles reagem gerando uma grande quantidade de lágrimas de baixa qualidade, que evaporam rapidamente e não aliviam o desconforto.
Esse problema está relacionado, muitas vezes, ao mau funcionamento das glândulas de Meibômio, que produzem a camada oleosa da lágrima e evitam sua evaporação precoce.
Além do incômodo do lacrimejamento constante, os idosos podem sentir ardência, visão embaçada e sensação de corpo estranho nos olhos. Caso esses sintomas sejam frequentes, é importante procurar um oftalmologista para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado.
Doença dos olhos em idosos
Ao completar 60 anos, é natural que a visão passe por mudanças, e algumas condições oculares podem surgir com o tempo. Por isso, a seguir, vamos falar sobre as principais doenças que afetam o olho de idoso, seus sintomas e como elas surgem.
Degeneração Macular Relacionada à idade (DMRI)
Afeta a mácula, a região central da retina responsável por detalhes e cores. Com essa condição, a visão central vai se tornando borrada, dificultando tarefas como ler, dirigir e reconhecer rostos. Embora a visão periférica continue preservada, a perda da visão central pode impactar bastante a qualidade de vida. A DMRI está ligada ao envelhecimento e pode ser influenciada por fatores genéticos e hábitos como tabagismo.
Catarata
Ocorre quando o cristalino do olho se torna opaco, tornando a visão embaçada e menos nítida. Idosos com catarata podem perceber cores mais apagadas, maior sensibilidade ao brilho e dificuldade para enxergar em ambientes com pouca luz. A principal causa é o envelhecimento natural do olho, mas exposição excessiva ao sol e algumas doenças, como diabetes, podem acelerar o processo. Felizmente, a catarata pode ser corrigida com cirurgia.
Retinopatia Diabética
Afeta pessoas com diabetes e ocorre devido a danos nos pequenos vasos sanguíneos da retina. No início, pode não causar sintomas, mas com o tempo, pode levar a visão embaçada, manchas escuras no campo de visão e, nos casos mais graves, à cegueira. O controle rigoroso do diabetes e exames oftalmológicos frequentes são fundamentais para evitar complicações.
Olho seco
Acontece quando há baixa produção de lágrimas ou quando elas evaporam rapidamente. Isso causa sensação de areia nos olhos, ardência e, paradoxalmente, lacrimejamento excessivo como resposta à falta de lubrificação. O envelhecimento, alterações hormonais e o uso prolongado de telas podem agravar o problema;
Glaucoma
É causado pelo aumento da pressão ocular, que danifica o nervo óptico e pode levar à perda da visão periférica. O perigo dessa doença é que, na maioria dos casos, ela se desenvolve silenciosamente, sem sintomas evidentes até que a perda visual já esteja avançada. Sem tratamento, pode levar à cegueira irreversível. O acompanhamento oftalmológico regular é essencial para diagnóstico e controle;
Deslocamento da retina
É quando a retina se separa da parte de trás do olho, o que pode causar flashes de luz, sombras na visão e perda repentina da acuidade visual. Pode ocorrer espontaneamente devido ao envelhecimento do vítreo, mas também pode ser consequência de traumas ou doenças como diabetes. O tratamento imediato é essencial para evitar danos permanentes à visão.
Por que idosos ficam com os olhos fechados?
Com o passar dos anos, o corpo pede mais descanso, e os idosos tendem a passar mais tempo com os olhos fechados, seja dormindo ou apenas relaxando. Além disso, o processamento visual pode ficar mais lento, fazendo com que abrir os olhos e focar em algo leve um pouco mais de tempo.
Outra razão comum é o ressecamento ocular, que torna desconfortável manter os olhos abertos por longos períodos. Além disso, mesmo que a visão ainda esteja preservada, muitos idosos simplesmente usam menos esse sentido no dia a dia.
Por que os olhos diminuem de tamanho com a idade?
Com o tempo, os músculos que sustentam as pálpebras perdem força, e a pele ao redor dos olhos fica mais flácida. Isso pode fazer com que as pálpebras fiquem mais caídas, dando a impressão de que os olhos diminuíram de tamanho.
Em alguns casos, a pálpebra inferior pode se virar para fora (ectrópio) ou para dentro (entrópio), causando irritação nos olhos. Já quando a pálpebra superior fica mais caída, temos a chamada ptose, que pode até dificultar a visão.
Quais cuidados os idosos devem ter com os olhos?
Ao passo que envelhecemos, a visão pode sofrer diversas mudanças, tornando os olhos mais sensíveis e aumentando o risco de problemas oculares. Por isso, adotar alguns cuidados no dia a dia faz toda a diferença para manter a saúde ocular e a qualidade de vida. A seguir, conheça sete formas de cuidar dos olhos na terceira idade e por que cada uma delas é importante.
Realizando exames oftalmológicos regulares
Essencial para monitorar a saúde ocular. Esses exames ajudam a detectar problemas como catarata, glaucoma e degeneração macular, que são mais comuns com o avanço da idade.
Usando óculos com proteção UV
Os raios UV podem prejudicar a saúde ocular ao longo do tempo, especialmente em idosos. Usar óculos de sol com proteção UV ajuda a proteger o córnea, o cristalino e a retina contra danos causados pela exposição excessiva ao sol. Isso diminui o risco de fotoceratite, pterígio e fotossensibilidade.
Mantendo uma dieta saudável
Uma dieta equilibrada é fundamental para a saúde ocular. Alimentos ricos em ômega-3, luteína, zeaxantina, zinco, e vitaminas C e E podem retardar o progresso de condições como a degeneração macular e a catarata.
Controlando olhos secos
Com a idade, a produção de lágrimas diminui, o que pode causar desconforto e ressecamento ocular. Usar colírios adequados, recomendados por um profissional, ajuda a manter os olhos lubrificados e evita o ressecamento, que é muito comum em idosos.
Mantendo a hidratação em dia
É essencial para o corpo, e os olhos não são exceção. A água ajuda a manter o filme lacrimal saudável, prevenindo o ressecamento e garantindo a lubrificação necessária para proteger a córnea e manter a visão confortável.
Fazendo exercícios com regularidade
Ajudam a manter a saúde ocular e previnem doenças como a retinopatia diabética, que pode afetar a visão de quem tem diabetes. Além disso, a atividade física contribui para a circulação sanguínea, promovendo a saúde geral, inclusive dos olhos;
Parando de fumar
Fumar está diretamente ligado ao aumento do risco de várias doenças oculares, como catarata e degeneração macular. Parar de fumar é uma das melhores coisas que um idoso pode fazer para proteger a visão e a saúde geral.
O que acontece com o olho na velhice?
Diversas mudanças naturais ocorrem nos olhos com o envelhecimento. A visão pode se tornar mais embaçada, a capacidade de focar em objetos próximos geralmente diminui (presbiopia), pode haver aumento da sensibilidade à luz e redução da visão periférica. Fisicamente, as pálpebras podem perder elasticidade e firmeza, podendo ficar mais caídas (ptose) ou viradas para fora/dentro (ectrópio/entrópio), o que pode dar a impressão de olhos menores.
A produção e a qualidade das lágrimas também podem mudar, levando ao olho seco ou, paradoxalmente, ao lacrimejamento excessivo. Além disso, aumenta significativamente o risco de desenvolver doenças oculares como catarata, glaucoma, degeneração macular relacionada à idade (DMRI), retinopatia diabética (para quem tem diabetes) e descolamento de retina.
Como é a visão de um idoso?
A visão de um idoso frequentemente apresenta algumas características comuns: pode ficar mais embaçada, a sensibilidade à luz pode aumentar, e a dificuldade para enxergar de perto é bastante usual. Atividades do dia a dia, como ler, dirigir ou reconhecer rostos à distância, podem se tornar mais difíceis e exigir mais esforço. A visão periférica também pode diminuir, o que pode aumentar o risco de quedas. É importante notar que muitas doenças oculares comuns na idade avançada (como catarata e glaucoma) podem afetar a qualidade da visão, reforçando a necessidade de acompanhamento médico.
Porque os olhos dos idosos ficam marejados?
O lacrimejamento excessivo (olhos marejados) em idosos pode ter duas causas principais:
- Problemas na Drenagem Lacrimal: com o envelhecimento, a pele das pálpebras pode ficar mais flácida e se afastar ligeiramente do globo ocular. Isso pode comprometer a drenagem normal das lágrimas pelo sistema lacrimal, fazendo com que elas se acumulem e escorram pelo rosto;
- Síndrome do Olho Seco: embora pareça contraditório, o olho seco é uma causa comum de lacrimejamento. Quando o olho não produz lágrimas de boa qualidade ou elas evaporam muito rápido (muitas vezes por disfunção das glândulas de Meibômio), o olho tenta compensar produzindo uma grande quantidade de lágrimas “reflexas”. Essas lágrimas, no entanto, são geralmente de baixa qualidade (muito aquosas), não lubrificam adequadamente e acabam escorrendo, sem aliviar a sensação de secura ou irritação.
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Fontes:
AOA | physiopedia | Mayo Clinic | Verywell Health | Cleveland Clinic | Positive Approach to Care | MSD Manual | Sociedade Max Planck | Mpg | Oscar Wylee | Eye 7
