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Visão e audição: entenda a relação entre os sentidos

Visão e audição: entenda a relação entre os sentidos
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A visão e audição são fundamentais para a nossa interação com o mundo, fornecendo percepções essenciais que retratam e moldam nossa experiência cotidiana. Contudo, é natural enfrentarmos a realidade de perder um ou ambos sentidos devido ao envelhecimento e outros fatores complexos. Hoje falaremos sobre a relação entre visão e audição, e abordaremos como a perda em um desses sentidos afeta o outro. 

Confira a relação entre visão e audição

Você sabia que a direção para onde você focaliza seus olhos pode impactar sua capacidade auditiva? Uma pesquisa recente divulgada pela revista Scientific Reports examinou o efeito da orientação do olhar na audição, revelando resultados curiosos.

O estudo mostrou que nosso cérebro necessita de um esforço adicional para processar o som quando desviamos o olhar do ponto de origem do áudio. O fenômeno persistiu mesmo quando os participantes foram colocados em um ambiente escuro, sendo orientados a focar os olhos em um palestrante à sua frente ou desviar o olhar. 

Contudo, quando desviaram o olhar, constatou-se que o tempo de reação dos participantes foi mais lento, bem como o cérebro estava mais ativo, indicando um esforço adicional para interpretar o som.

Nesse sentido, isso significa uma estreita relação entre visão e audição, sendo mais complexa do que muitos imaginam. O estudo também apontou que ao observarmos a fonte do som enquanto escutamos, podemos otimizar nossa capacidade auditiva.

Ou seja, nosso cérebro parece antecipar naturalmente que nossos olhos estejam direcionados para a fonte sonora, e, quando não olhamos para ela, o esforço cerebral parece maior para identificar o som.

Essa descoberta tem implicações práticas para o cotidiano, sugerindo que quando prestamos atenção em uma conversa e mantemos o olhar na direção das pessoas com as quais estamos interagindo, gera mais compreensão na comunicação.

Pesquisa da Universidade de Sydney 

Outra pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Sydney e dos Laboratórios Nacionais de Acústica da Austrália revelou que, para cada linha do gráfico oftalmológico que um voluntário não conseguia visualizar, houve um aumento de 18% na chance de perda auditiva. 

Além disso, certos tipos de doenças oculares mostraram associação com a perda auditiva, sendo que aqueles diagnosticados com degeneração macular relacionada à idade e cataratas apresentaram uma probabilidade maior de sofrer perda auditiva em comparação com aqueles sem essas condições. Do mesmo modo, os indivíduos com perda auditiva demonstraram 1,5 vezes mais chances de enfrentar problemas de visão.

Funções principais de cada um desses sentidos

Nossa percepção visual é fundamental para compreendermos o ambiente ao nosso redor, reconhecendo cores, formas e padrões. Na Região Europeia da OMS, aproximadamente 90 milhões de pessoas possuem alguma deficiência visual ou cegueira, sendo as doenças oculares mais comuns:

  • Miopia, catarata, degeneração macular relacionada à idade, retinopatia diabética e glaucoma. Sobretudo, erros de refração não corrigidos e cataratas destacam-se como as principais causas de deficiência visual na região.

Do mesmo modo, a audição é essencial para percebermos os sons ao nosso redor, como, por exemplo, as vozes das pessoas com as quais nos relacionamos. Ainda falando da Região Europeia, cerca de 190 milhões de indivíduos enfrentam perda auditiva ou surdez, sendo os principais fatores:

  • Infecções pré-natais e complicações no parto, infecções do ouvido médio, exposição a ruídos elevados, medicamentos prejudiciais ao sistema auditivo e alterações relacionadas à idade.

Dessa forma, essas deficiências na vida das pessoas é o que determina a adequação a determinados ambientes, atendendo ou não às necessidades dos deficientes sensoriais. 

Apesar de intervenções visuais e auditivas serem altamente eficazes, muitas vezes, são de difícil acesso e inadequadamente integradas aos serviços de saúde. Além disso, o impacto da perda visual e auditiva é agravado por condições coexistentes.

A surdocegueira, afeta cerca de 0,2 a 2,0% da população global, resultando em problemas significativos, como, por exemplo, isolamento social, dificuldades de comunicação, falta de aceitação pública, limitações de mobilidade e dificuldades nas atividades diárias.

Causas da perda da visão e audição

A princípio, as causas da perda da visão e audição são diversas. Separamos algumas das principais:

Genética

Diversas condições genéticas têm o potencial de causar surdez, cegueira ou desenvolver perda auditiva e visual ao longo do tempo em crianças. Nesse sentido, hereditariedade está associada a surdez e cegueira, sendo que síndromes como Down e Cogan estão vinculadas a deficiências auditivas e/ou visuais.

Defeitos congênitos e nascimento prematuro

Bebês nascidos antes do desenvolvimento completo de seus ouvidos ou olhos, podem desenvolver possíveis problemas de visão, ou audição ao longo da vida.

Doenças

Algumas doenças podem ocasionar perda auditiva, perda de visão ou ambas, como, por exemplo, complicações de varicela ou sarampo. Bem como, meningite, tumores cerebrais, diabete e certos tipos de câncer também são causas potenciais de perda auditiva, perda de visão ou ambos.

Medicamentos

Alguns medicamentos, como antibióticos comuns, analgésicos e medicamentos para colesterol podem provocar perda de audição ou visão, tanto a curto quanto a longo prazo.

Lesões

Lesões cerebrais e danos físicos nos olhos ou ouvidos internos podem levar a uma perda permanente de visão ou audição.

Idade

É natural que a audição e visão diminuam com a idade, devido ao desgaste e uma série de outros problemas de saúde que afetam os idosos. Todavia, embora todos os cinco sentidos geralmente apresentem declínio ao longo dos anos, a deterioração da visão e audição é frequentemente mais pronunciada.

A perda auditiva afeta a visão?

A perda auditiva pode ter impactos significativos na visão e na qualidade de vida de uma pessoa, provando assim a importância da relação entre a audição e a visão na função sensorial humana.

Perder a audição significa um impacto negativo sobre a visão, por estar associada a uma redução na interação social e a um aumento nas taxas de depressão, declínio cognitivo e demência. 

Essas condições podem ser agravadas quando ocorre a perda de audição e visão, pois compreender o ambiente ao redor torna-se mais desafiador sem o uso completo dos sentidos.

Estudos recentes indicam que intervenções voltadas para a melhoria da visão ou audição também podem impactar positivamente a função cognitiva. Uma pesquisa no Reino Unido constatou que pacientes submetidos a cirurgia de catarata experimentaram taxas mais lentas de declínio cognitivo. 

A visão é um dos principais sentidos, responsável em proporcionar uma compreensão detalhada do ambiente ao captar a luz refletida. Ela desempenha funções cruciais na orientação espacial, identificação de objetos, reconhecimento facial e interpretação de expressões emocionais, garantindo segurança e eficiente navegação.

Do mesmo modo, é essencial para perceber sons e facilitar a comunicação, além de promover alertas ambientais e interação social. Bem como, ao captar vibrações sonoras, o ouvido converte-as em impulsos elétricos interpretados como sons pelo cérebro. 

Nesse sentido, ambos os sentidos trabalham sinergicamente para proporcionar uma experiência sensorial completa. A visão oferece perspectiva visual detalhada e completa, enquanto a audição adiciona profundidade. 

Essa combinação possibilita navegação eficaz, facilita a comunicação e contribui para a apreciação plena do mundo. Em suma, visão e audição são essenciais na percepção humana, e o equilíbrio entre esses sentidos contribui para uma experiência sensorial completa e enriquecedora.

Visão e audição saiba como afetam uma pessoa

A perda individual de audição e visão é associada a uma menor interação social e maiores índices de depressão, declínio cognitivo e demência. Essas condições podem ser agravadas pela perda de audição e visão, uma vez que entender o ambiente torna-se mais desafiador sem a utilização completa de ambos os sentidos.

Pesquisas recentes mostraram que intervenções destinadas a melhorar a visão ou audição podem impactar positivamente a função cognitiva. Um estudo realizado no Reino Unido observou que pacientes submetidos à cirurgia de catarata apresentaram taxas mais lentas de declínio cognitivo.

Além disso, outra pesquisa revelou que indivíduos que utilizam aparelhos auditivos experimentaram uma diminuição mais gradual nas pontuações de memória episódica.

Como a idade afeta a visão e audição

A redução da visão é frequente em adultos mais avançados à medida que envelhecem. Todavia, em algumas situações, essa perda é derivada de condições facilmente tratáveis, como, por exemplo, presbiopia (corrigida com óculos de leitura) ou catarata (remediada mediante uma pequena cirurgia).

Sobretudo, doenças mais sérias, como degeneração macular e glaucoma, também podem surgir com o envelhecimento. É comum que idosos tenham uma diminuição na audição, muitas vezes com uma maior capacidade auditiva de um ouvido em comparação com o outro.

Segundo o NIDCD, um a cada três norte-americanos entre 65 e 74 anos apresenta perda auditiva, e esse número aumenta para quase metade da população com 75 anos ou mais.

A perda auditiva associada à idade reflete geralmente a exposição prolongada a ruídos, embora também possa ser desencadeada por condições como hipertensão ou diabetes.

Na falta de visão ou audição o outro sentido pode ser compensado?

Frequentemente é dito que pessoas cegas podem compensar a perda de visão com outros sentidos mais aprimorados. Alguns exemplos incluem músicos como Stevie Wonder e Ray Charles. 

Acredita-se que essa melhoria nos sentidos restantes seja resultado de adaptação e aprendizado comportamental. No entanto, evidências crescentes indicam que a perda de um sentido não apenas leva a uma melhoria nos outros, mas também resulta em uma reorganização neural. 

Um estudo recente sobre pessoas surdas, publicado no The Journal of Neuroscience, revela que o cérebro delas redireciona áreas normalmente dedicadas ao processamento sonoro para lidar com o tato e a visão.

Essa reconfiguração neural afeta a percepção sensorial, tornando-os suscetíveis a ilusões perceptuais específicas. Essas descobertas contribuem para a compreensão da neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de se adaptar à experiência. 

O estudo também levanta questões sobre os limites da plasticidade cerebral e os mecanismos subjacentes a ela. Compreender como o cérebro se reconfigura em resposta à perda sensorial pode ter implicações na reabilitação de pessoas surdas e com perda de visão, bem como na compreensão da transformação cerebral. O estudo destaca que a plasticidade cerebral varia em diferentes sistemas, sendo alguns mais resistentes à mudança do que outros.

Mantenha-se atualizado sobre a saúde dos olhos 

A saúde dos nossos olhos desempenha um papel crucial no nosso bem-estar geral e a perda de visão e audição pode impactar significativamente nossa qualidade de vida. Por isso, é essencial priorizar a saúde ocular, começando por consultas regulares com um oftalmologista.

O oftalmologista é o profissional adequado para identificar e diagnosticar diversas doenças oculares, além de problemas de visão. Consultas regulares permitem a detecção precoce e o tratamento adequado, garantindo uma visão saudável por mais tempo.

Fique atento aos sinais e sintomas que seus olhos podem apresentar. Eles são indicadores importantes da sua saúde. Aqui na Lenscope estamos comprometidos em levar informações sobre saúde ocular para todos. 

Após sua consulta oftalmológica, caso precise de lentes mais finas, conte com as opções de alta qualidade da Lenscope. Faça um orçamento online e gratuito agora mesmo!

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Fontes:

Accurate Hearing | All About Vision | Journals | Hear solutions | Who |  Scientific American

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Tais Oliveira

Editora-chefe do blog da Lenscope, Tais é graduanda em Letras - Redação e Revisão de Textos pela UFPel e apaixonada por traduzir informações complexas de saúde visual em conteúdo claro e acessível para todos.
Sua missão é empoderar pessoas com alto grau de miopia, astigmatismo e hipermetropia, garantindo que elas tenham acesso à informação de qualidade para cuidar melhor dos seus olhos e escolher as lentes certas.

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