Xeroftalmia (falta de vitamina A): sintomas, causas e como tratar

xeroftalmia
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Xeroftalmia é uma doença progressiva que afeta o nosso olho, sendo causada pela falta de vitamina A no nosso organismo.

Essa doença causa o ressecamento de nossos olhos o que pode levar, a longo prazo e se não for tratada, à cegueira noturna ou mesmo aparecimento de úlcera na córnea.

Aliás, essa doença é popularmente conhecida como “olho seco” e ganha este nome porque justamente a produção de lágrimas e componentes para a lubrificação dos nossos olhos é insuficiente ou reduzida drasticamente. 

Assim, os primeiros sintomas surgem e causam bastante desconforto.  

Essa doença afeta principalmente crianças e idosos. Mas pode ser tratada e curada com a ingestão dos alimentos certos, ricos em vitamina A ou através da suplementação vitamínica.

Veja quais os sintomas da xeroftalmia, como tratar essa doença e o que causa esse problema nos olhos.

Xeroftalmia e a vitamina A

A vitamina A é um importante composto para a saúde de nossos olhos. Ela pode ser encontrada em diferentes alimentos, especialmente nos que são muito avermelhados ou alaranjados (como a cenoura) ou nas verduras de coloração verde escuro.

Essa vitamina é fundamental para manter a saúde de nossos olhos, principalmente, no que diz respeito à acuidade visual. 

Além disso, a sua função também é de garantir o ideal crescimento e diferenciação dos tecidos em nosso organismo e ajudar a fortalecer nosso sistema imunológico.

Essa doença se caracteriza não apenas pelo ressecamento do nosso olho, devido à carência da produção de lágrimas no canal lacrimal, mas também causa aparecimento de manchas brancas na esclerótica, ressecamento da pele, córnea e conjuntiva.

Além disso, retinopatia, infecções bacterianas e úlceras na córnea também são resultados graves da doença. 

No entanto, a carência da vitamina A e, consequentemente, o aparecimento da xeroftalmia não se dá apenas pela falta de consumo de alimentos ricos nesta vitamina.

O uso excessivo do álcool, de laxantes à base de óleo mineral ou problemas de má absorção de vitamina pelo organismo também causam a deficiência, resultando, assim, na doença. 

Apesar de ser considerada rara pelos médicos, é uma condição grave quando não tratada.

Onde encontramos a vitamina A?

Encontramos vitamina A em diversos alimentos. Veja a lista de alguns deles que preparamos para você conhecer e consumir em sua dieta alimentar:

  • Leite integral;
  • Cenoura;
  • Queijo;
  • Ovo;
  • Cenoura;
  • Abóbora;
  • Pimentão amarelo ou vermelho;
  • Mamão;
  • Pêssego;
  • Brócolis;
  • Escarola;
  • Salsa;
  • Carne;
  • Fígado de peixe;
  • Salmão
  • Bife de fígado;
  • Batata doce;
  • Pimenta;
  • Manga;
  • Espinafre

A quantidade de vitamina A que precisamos no dia-a-dia

De acordo com estudos realizados pelo National Institutes of Health (NIH), existe uma dose diária mínima de vitamina A que devemos consumir, levando em conta a idade de cada pessoa:

  • Bebês (0-6 meses) 

Devem consumir até 400 microgramas

  • Crianças até 3 anos de idade

Consumo de pelo menos 300 microgramas

  • Crianças dos 4 até 8 anos de idade

Consumo de 400 mcg diariamente

  • Crianças e adolescentes de 9 até 13 anos de idade

Consumo de 600 mcg

  • Jovens de 14 anos ou adultos

Consumo de 900 mcg (meninos) 700mcg (meninas)

  • Mulheres grávidas ou em amententação dos 19-50 anos

Consumo de 770 microgramas durante a gravidez e 1.300 microgramas enquanto amamentar

Todas essas doses são recomendadas para uma dieta equilibrada em vitamina A. No entanto, o seu médico poderá receitar valores diferentes, dependendo da sua saúde e da absorção da vitamina A do seu organismo.

Sintomas

Segundo o médico Drauzio Varella, o primeiro sintoma mais comum da xeroftalmia percebido é a cegueira noturna, ou seja, dificuldade em enxergar bem no escuro.

Além disso, sintomas como ressecamento da pele, dificuldade de cicatrização e perda do paladar são outros dos sintomas mais comuns.

Conforme a doença avança, manchas brancas na córnea aparecem (manchas de Bitot) ou úlceras também costumam aparecer.

Nos quadros avançados de xeroftalmia, é possível perder em parte ou por completo a córnea do olho, que se liquefaz, levando à perda da visão.

Causas

A xeroftalmia é causada pela deficiência da ingestão de vitamina A ou pela má absorção desta vitamina por nosso organismo.

Outros hábitos não saudáveis, como consumo em excesso de bebida alcoólica, podem causar a doença também.

Como é o diagnóstico?

A xeroftalmia é diagnosticada pelo médico especialista, mediante a manifestação dos primeiros sintomas, como a cegueira noturna.

Outros exames de diagnóstico clínico de deficiência de vitamina também ajudam o médico a prescrever o tratamento ideal.

Tratamento

Após o diagnóstico, a xeroftalmia pode ser tratada com reposição de vitamina A durante 7 dias. Conforme a gravidade do quadro da doença, outras quantidades de doses podem ser prescritas, baseadas no peso corpóreo.

No entanto, é importante seguir a recomendação da dose prescrita pelo médico, já que a vitamina A em excesso é tóxica ao nosso organismo.

Recomendações

Apesar de ser uma doença capaz de ser revertida, é preciso sempre bastante atenção aos nossos hábitos alimentares e diários para preservação da nossa saúde, inclusive, da nossa saúde ocular.

Por isso, consuma alimentos ricos em vitamina A, além de manter um estilo de vida saudável, para o equilíbrio do seu organismo.

Você deve também proteger os seus olhos contra poeira, poluição, ar-condicionado ou outros agentes externos que possam causar danos ao seus olhos, como o ressecamento.

Em dias de baixa umidade, coloque bacias ou potes com água nos ambientes da sua casa. Dessa forma, você ajuda na umidificação dos olhos também.

Xeroftalmia pode ser sintoma de outros problemas de saúde mais sérios

Além de comprometer a nossa saúde ocular, a xeroftalmia pode ser sintoma de outros problemas de saúde mais graves.

Doenças como câncer (especialmente câncer de pulmão), fibrose cística e hipotireodismo causam má absorção de vitamina A por nosso organismo e, consequentemente, a xeroftalmia.

Portanto, busque sempre se consultar com o seu médico para realizar exames de rotina periodicamente.

Fontes

NVISION

Ophthalmology Times

Medecins Sans Frontieres

Heathline 

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