Você já se perguntou quais são as opções de tratamento disponíveis para o glaucoma e quais as consequências alarmantes quando o tratamento não é seguido adequadamente? Neste artigo, vamos explorar as respostas a essas perguntas, fornecendo informações sobre os tratamentos para o glaucoma, os riscos da falta de adesão a eles e um panorama da situação do glaucoma no Brasil.
Tratamento para Glaucoma
Embora os danos causados pelo glaucoma não possam ser revertidos, existem tratamentos eficazes para prevenir ou retardar a perda da visão associada a essa doença ocular:
Colírios
Existem diversos tipos de colírios para glaucoma disponíveis, cada um com seus próprios mecanismos de ação. Às vezes, pode ser necessário experimentar vários deles para encontrar aquele que produz os efeitos desejados. Além disso, esses medicamentos funcionam de diferentes maneiras para reduzir a pressão ocular excessiva, diminuindo o risco de danos ao nervo óptico.
Assim, a frequência das aplicações de colírios pode variar dependendo do tipo e da gravidade do glaucoma, mas, geralmente, eles são administrados de uma a duas vezes ao dia.
Aprenda a aplicar os colírios corretamente: a aplicação correta de colírios é crucial para o tratamento eficaz do glaucoma. Por isso, siga estes passos simples para uma aplicação precisa:
- Lave bem as mãos e verifique a data de validade do colírio;
- Incline a cabeça para trás, olhando para o teto;
- Puxe suavemente a pálpebra inferior para baixo;
- Segure o frasco de colírio na vertical, sem tocar no olho;
- Aplique uma única gota no espaço entre a pálpebra e o olho;
- Feche os olhos por alguns segundos e pressione o canto interno.
Para usar vários tipos de colírios, espere cinco minutos entre as aplicações e siga a ordem recomendada pelo oftalmologista.
Tratamento a laser
O tratamento a laser é indicado em casos de glaucoma de ângulo aberto ou fechado, quando outros métodos não controlam a pressão ocular. Dessa forma, a saúde geral do paciente e a gravidade do glaucoma influenciam na escolha do tratamento. Por isso, em geral, os tratamentos a laser permitem uma drenagem mais eficaz do fluido ocular, reduzindo a necessidade de colírios e outros tratamentos invasivos. Conheça os principais tratamentos a laser:
- Trabeculoplastia a Laser: indicada para glaucomas de ângulo aberto, a trabeculoplastia utiliza laser para abrir os canais de drenagem do olho. Este procedimento ajuda a reduzir a pressão intraocular, retardando a progressão da doença;
- Tratamento com Laser de Ciclodiodo: geralmente utilizado quando outras opções não surtem efeito. O laser de ciclodiodo diminui a produção de fluido no olho, aliviando a pressão intraocular;
- Iridotomia a Laser: este tratamento visa prevenir o glaucoma de ângulo fechado. O laser cria um pequeno buraco na íris, permitindo o fluxo adequado de fluido ocular.
Além disso, é importante notar que após esses procedimentos a laser, alguns pacientes ainda podem precisar de colírios para manter a pressão intraocular sob controle. Seu oftalmologista irá orientar quanto a essa necessidade.
Cirurgia
A cirurgia para o glaucoma é recomendada em situações graves, quando outros tratamentos não são eficazes ou apropriados. Portanto, nesse contexto, a cirurgia mais comum é a trabeculotomia, na qual um oftalmologista cria uma nova abertura no trabeculado, permitindo que o fluido intraocular drene mais eficazmente, diminuindo a pressão intraocular. Além disso, após a cirurgia, em alguns casos, os pacientes podem não precisar mais de colírios, mas em outros casos, a medicação ainda pode ser necessária.
Outros tipos de cirurgias para o glaucoma incluem:
- Trabeculotomia: um procedimento que cria uma nova abertura no trabeculado para facilitar o escoamento do fluido intraocular e reduzir a pressão ocular;
- Viscocanalostomia: envolve a remoção de parte do tecido no ângulo da câmara anterior do olho para melhorar o fluxo do fluido;
- Esclerectomia profunda: cria-se uma pequena abertura na esclera para permitir a drenagem do fluido para fora do olho;
- Desvio de stent trabecular: uma técnica mais recente que envolve a inserção de um stent para facilitar o escoamento do fluido.
Após a cirurgia, efeitos temporários como olho vermelho e visão ligeiramente turva podem ocorrer, mas esses sintomas geralmente desaparecem em até 6 semanas. Dessa forma, recomenda-se evitar atividades como dirigir, ler e levantar objetos pesados por pelo menos uma semana após a cirurgia.
Baixa adesão ao tratamento e suas consequências
A baixa adesão ao tratamento do glaucoma é uma preocupação significativa no campo da oftalmologia. De acordo com um estudo publicado pelo National Library Medicine em 2022, muitos pacientes não conseguem seguir adequadamente o tratamento. Este estudo identificou seis padrões de adesão ao tratamento, sendo que cerca de 40% dos pacientes não conseguiram seguir corretamente as orientações médicas.
Além disso, o Journal of Glaucoma conduziu uma pesquisa que reforça essas descobertas. Esse estudo colheu uma amostra representativa de 500 pacientes com diferentes tipos de glaucoma. Os pacientes foram monitorados ao longo de um período de dois anos.
Os métodos de pesquisa incluíram questionários, entrevistas e revisão de registros médicos para avaliar a adesão dos pacientes às recomendações médicas. Dessa forma, os resultados revelaram que aproximadamente 45% dos pacientes não seguiram estritamente as orientações de tratamento, o que inclui o uso regular de colírios e a adesão a procedimentos cirúrgicos quando indicados.
É importante lembrar que as consequências de não seguir o tratamento do glaucoma são severas. Muitas vezes a doença não apresenta sintomas perceptíveis nas fases iniciais. Assim, com o tempo, a pressão intraocular aumentada danifica o nervo óptico, resultando na perda gradual da visão periférica.
À medida que a doença progride e o tratamento não é realizado adequadamente, os pacientes podem experimentar cegueira. Além disso, é importante destacar que a perda de visão causada pelo glaucoma não pode ser recuperada. Portanto, é fundamental consultar regularmente um oftalmologista. Afinal, o diagnóstico precoce e a adesão rigorosa ao tratamento são essenciais para prevenir as consequências devastadoras do glaucoma, permitindo que os pacientes preservem sua visão e qualidade de vida.
Glaucoma: o que é e realidade brasileira
O glaucoma é uma doença ocular causada pelo aumento da pressão de dentro do olho. Por isso, com o tempo, a pressão intraocular pode comprometer o nervo óptico, responsável por fornecer informações visuais ao cérebro.
A principal causa do glaucoma é o bloqueio dos canais da córnea e íris responsáveis por liberar o fluido dos olhos, pois o acúmulo desse fluido é o que aumenta a pressão, danificando também o nervo óptico. Além disso, com o tempo, os danos podem levar à perda de visão. No entanto, por se tratar de uma doença silenciosa, pode ser difícil de percebê-la.
De acordo com a Sociedade Brasileira do Glaucoma (SBG), estima-se que até 2,5 milhões de pessoas com mais de 40 anos no Brasil podem ter glaucoma, e cerca de 70% delas podem não estar cientes da doença, devido à sua natureza silenciosa.
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Nada é mais valioso do que a saúde dos nossos olhos. Eles são a janela para o mundo e nos permitem apreciar a beleza que nos rodeia. Por isso, é fundamental entender a importância de um diagnóstico precoce, especialmente no caso do glaucoma.
Consultar regularmente um oftalmologista é a chave para garantir a saúde dos seus olhos. Além disso, fique atento aos sinais e sintomas que seus olhos podem apresentar, pois eles podem revelar muito sobre a sua saúde.
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Fontes:
