Blefaroconjuntivite: o que é, causas, diagnóstico e tratamentos

Blefaroconjuntivite: o que é, causas, diagnóstico e tratamentos
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Você sabe o que é blefaroconjuntivite? Por mais estranho que o nome seja, ela nada mais é do que a ocorrência simultânea de duas doenças oculares distintas: blefarite e conjuntivite. Dessa forma, nesse artigo abordaremos as causas, diagnóstico,  tratamento para essa condição, além dos seus riscos e gravidade.

Entendendo a blefaroconjuntivite: o que é e causas

A blefaroconjuntivite é caracterizada por um inchaço tanto nas pálpebras externas da conjuntiva quanto na parte frontal do globo ocular. Assim, como as doenças blefarite e conjuntivite provocam, respectivamente, os mesmo sintomas nos mesmo locais, a condição foi batizada com um nome derivado das duas: blefaro-conjuntivite. 

Os principais sintomas incluem: olhos ardendo, irritados ou com coceira, vermelhidão das pálpebras ou dos olhos e pele escamosa e seca ao redor delas.  Assim, a blefaroconjuntivite é uma condição contagiosa, podendo se espalhar e infectar outras pessoas por até 14 dias após contraída. 

Além disso, a blefaroconjuntivite possui várias causas que variam entre a forma aguda e crônica, mas o mais comum é quando a pessoa é exposta à bactéria por meio do contato pele a pele ou do uso de lentes de contato, ou produtos de maquiagem para os olhos contaminados.

É necessário determinar a causa específica para a recomendação do tratamento correto. Se o início do caso for uma infecção aguda com características ulcerantes, isso pode significar blefaroconjuntivite causada por um processo infeccioso, sendo o organismo mais comum o Staphylococcus. Entretanto, se não houver a presença de ulcerantes, a causa pode ser de um processo alérgico, mas isso não significa que a causa por infecção pode ser excluída.

Portanto, se o início da blefaroconjuntivite for crônico, a causa pode ser classificada por meio da anatomia envolvida: a parte posterior ou anterior da pálpebra. A disfunção da glândula Meibomiana é frequentemente a responsável pela blefaroconjuntivite envolvendo o aspecto posterior da pálpebra. 

Já quando o local afetado é a pálpebra anterior, a causa pode estar relacionada a uma infecção com Staphylococcus ou um processo seborreico. Outras causas de blefaroconjuntivite incluem infecções parasitárias como Demodex, piolhos púbicos e algumas drogas, por exemplo.

 O que é conjuntivite:

Conjuntivite é uma inflamação na membrana (conjuntiva) que reveste todo o olho por dentro e por fora,  fazendo com que a pessoa sinta coceiras e apresente uma vermelhidão nos olhos e dificuldade para enxergar. Há três tipos de conjuntivite: infecciosa, alérgica e tóxica. 

  • A primeira e mais comum, a conjuntivite infecciosa, pode ser causada por vírus ou bactérias e geralmente transmitida da mesma maneira que um resfriado, ou seja, por meio de contato ou pelo ar. 
  • Já a conjuntivite alérgica não é contagiosa e costuma afetar os dois olhos simultaneamente, as causas podem incluir irritações provocadas por poeira ou pelos de animais. Há três tipos de conjuntivite contagiosa: conjuntivite sazonal (provocada por asma ou rinite). Primaveril (provocada pelo excesso de pólen espalhado pelo ar pelas flores). E a papilar gigante (provocada pela alergia às lentes de contato).
  • Por último a conjuntivite tóxica, causada pelo contato do olho com algum produto químico, como maquiagens, xampus, produtos de limpeza, tinta de cabelo, e fumaça. Se não tratada da forma correta, pode trazer riscos para a visão, por isso a visita a um oftalmologista nesses casos é indispensável.

Blefarite: o que é:

A blefarite apresenta sintomas muito semelhantes a blefaroconjuntivite, como olhos vermelhos, lacrimejando ou coceira. Entretanto, a principal diferença entre elas está no fato de que a blefarite consiste em uma inflamação ao longo das bordas das pálpebras, podendo ser causada por:

  • Olhos secos.
  • Glândulas sebáceas obstruídas ou com mau funcionamento em suas pálpebras.
  • Dermatite seborreica — caspa do couro cabeludo e sobrancelhas.
  • Infecção, entre outras causas.

Há dois tipos de blefarite de acordo com o local no qual a inflamação aparece: 1. Blefarite com inflamação do olho anterior, causada comumente por reações alérgicas nos olhos. 2. Ou inflamação da pálpebra posterior, possivelmente causada por uma glândula sebácea com defeito atrás dos folículos dos cílios.

Diagnóstico e tratamento da blefaroconjuntivite

O diagnóstico da blefaroconjuntivite consiste em uma avaliação clínica realizada por um oftalmologista que se baseará na história, sinais e sintomas do paciente para tomar a decisão final. Investigações como o tempo de ruptura do filme lacrimal podem ser úteis, mas não são necessárias. 

O tratamento para blefaroconjuntivite pode ser realizado por meio de medicamentos antibacterianos na forma de colírio ou em uma versão tópica, aplicada diretamente nas pálpebras e superfície do globo ocular. Sendo recomendada para bebês ou crianças pequenas que têm dificuldade em usar o colírio. 

Os medicamentos podem causar deficiência visual temporária, que desaparecem depois de 30 minutos. Fazendo com que os sintomas da infecção, como vermelhidão e secreção, melhorem em dois dias. Contudo, mesmo com a redução dos sintomas, a pessoa continua a transmitir a doença por duas semanas, precisando se isolar durante esse período para não passar a outras pessoas. 

Em casos refratários (de resistência) ao tratamento, deve-se considerar a biópsia da tampa para descartar uma possível malignidade. O exame com gotas de fluoresceína e luz azul pode ser útil para detectar erosões corneanas ou úlceras, que estão associadas a blefaroconjuntivite crônica mal controlada.

Blefaroconjuntivite é grave? 

Complicações podem ocorrer em casos crônicos de longo prazo, mas no geral é uma doença simples de ser tratada. O caso pode se agravar se houver o envolvimento da córnea, como ulceração, cicatrização ou vascularização, derivados de um mau tratamento da doença.

Além disso, a margem da tampa pode ser distorcida, levando a triquiase, ectrópio/entrópio, ou madarose. A ulceração ou perfuração requer uma terapia agressiva urgente para evitar mais danos permanentes à visão, mas nada que um acompanhamento oftalmológico contínuo não possa resolver. É sempre importante ressaltar a importância da presença do oftalmologista durante todo o período do tratamento. 

Informações sobre saúde visual na palma da sua mão

A blefaroconjuntivite pode ser revertida, desde que com o tratamento e acompanhamento adequado. São por esses e outros motivos que é sempre bom reforçar a importância de se atentar aos sinais e sintomas que os nossos olhos dão e de visitar regularmente o médico oftalmo de confiança. 

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Fontes:

Kellog Eye Center — University of Michigam Healt System

NCBI Bookshelf

Reviw of Ophthalmology

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