A iridotomia é um procedimento cirúrgico para tratamento do glaucoma. Por isso, no artigo de hoje abordaremos: o que o procedimento de iridotomia, em que casos é indicado e como é realizado. Continue lendo para saber mais e conheça também os riscos da cirurgia de iridotomia.
O que é o procedimento de iridotomia?
A iridotomia, também chamada de iridotomia a laser ou iridotomia periférica a laser, é um procedimento cirúrgico baseado em laser usado para tratar o glaucoma de ângulo fechado, uma condição ocular rara em que a circulação normal do fluido do olho é bloqueada.
Dessa forma, como resultado dessa condição, a íris bloqueia a malha trabecular ou o local de drenagem do olho, resultando no aumento da pressão na câmara frontal do olho. Além disso, ela também evita que a íris se abra totalmente.
Assim, o procedimento pode ser realizado usando um laser de argônio ou Laser ND YAG, ou ambos, visando criar pressão igual entre as câmaras anterior e posterior do olho. Isso significa diminuir a Pressão Intraocular (PIO para evitar danos ao nervo óptico e à retina. Para isso, é feito um pequeno orifício na íris a fim de drenar o humor aquoso (liquido transparente, responsável por manter saúde e transparência dos olhos).
Imagem: Hospital visão SC
Em que casos a iridotomia a laser é indicada?
A iridotomia é recomendada para pacientes com glaucoma de ângulo fechado, que, segundo estudos, é mais prevalente em mulheres idosas e com ascendência asiática e esquimó. Contudo, também podem se beneficiar do procedimento:
- Indivíduos hipermetropes que são propensos a desenvolver glaucoma de ângulo fechado.
- Indivíduos afásicos ou sem lente intraocular.
- Pacientes diagnosticados com glaucoma facomórfico, síndrome da íris de platô, direcionamento aquoso errado, síndrome de dispersão pigmentar e nanoftalmia.
Em alguns casos, a iridotomia é oferecida como medida preventiva para pacientes com ângulos estreitos. Dessa forma, se reduz os riscos de desenvolver fechamento de ângulo estreito ou Dispersão do pigmento, uma condição caracterizada pelo derramamento do pigmento da íris e sua dispersão por toda a câmara anterior do olho. Se não for controlado e não tratado, isso pode levar ao glaucoma pigmentar.
Entenda aqui os riscos de uma cirurgia ocular!
Como é feita a iridotomia a laser?
A iridotomia não é realizada imediatamente em pacientes diagnosticados com fechamento angular agudo. Primeiro, deve haver a diminuição do inchaço na córnea. Dessa forma, o cirurgião deve se certificar de que a pressão intraocular seja significativamente reduzida antes da realização do procedimento. Com o uso de um agente tópico, a pupila é normalmente contraída antes da cirurgia para afinar a íris.
Durante o procedimento, uma lente de contato de iridotomia é colocada na frente do olho afetado para ajudar o cirurgião a direcionar o feixe de laser com precisão. Então, pulsos de laser são aplicados à íris até que um pequeno orifício apareça, permitindo a liberação do material da íris, bem como do fluido aquoso. O buraco é geralmente formado na parte superior da íris, que é coberta pela pálpebra.
Assim, o tipo de laser a ser utilizado no procedimento depende de vários fatores. O laser ND YAG, por exemplo, é normalmente usado em pacientes com íris azul ou verde, enquanto aqueles com íris marrom escuro são tratados inicialmente com laser de argônio antes de usar o laser ND YAG. O laser afina o estroma da íris, que geralmente é mais espesso nesses pacientes.
Os riscos da cirurgia de iridotomia
De forma geral, a iridotomia não apresenta grandes riscos, apenas reações esperadas após qualquer procedimento cirúrgico. Contudo, alguns riscos e complicações do procedimento, incluem:
- O aumento súbito da pressão intraocular algumas horas após o procedimento. Assim, os pacientes são monitorados após a operação para gerenciar esses episódios.
- Inflamação da câmara anterior do olho ou uveíte anterior. Os esteroides tópicos são usados para tratar esta condição. Se a inflamação não diminuir, pode levar à aderência da íris ao cristalino. Essa condição é chamada de sinéquia posterior.
- Sangramento, especialmente se o laser ND YAG for usado.
- Hifema, uma condição caracterizada pelo acúmulo de sangue dentro da câmara anterior do olho, levando à perda parcial da visão. Partes próximas do olho, incluindo a retina, também podem apresentar sangramento.
- Opacidades da lente — o uso do laser também pode causar o desenvolvimento de opacidades da lente que podem levar à catarata completa.
- Edema da córnea.
- Visão embaçada.
- Visão dupla.
- Brilho claro.
Pós-operatório da iridotomia e recuperação
Após o tratamento, o médico pode pedir para o paciente permanecer no local por algumas horas, para verificar a pressão ocular e garantir que ela não tenha aumentado. Assim, quando for seguro, o paciente é mandado para casa com prescrição de uso de colírios. O oftalmologista também faz orientações dos próximos passos.
Portanto, em geral, não há restrições na atividade após o tratamento a laser. O paciente pode retornar às suas tarefas diárias normais imediatamente. No entanto, é aconselhável que alguém o leve para casa do consultório do seu médico.
Além disso, você pode esperar alguma vermelhidão do olho, uma sensibilidade à luz e uma sensação de coceira. Tudo isso pode durar um período de dias. Contudo, também pode ocorrer uma pequena dor de cabeça mais tarde naquele dia ou noite.
Quanto custa uma iridotomia?
Não é possível responder com precisão quanto custa o procedimento de iridotomia, uma vez que ele pode variar de acordo com a técnica cirúrgica, planos de saúde e local da clínica escolhida. Ou seja, inúmeros fatores podem influenciar no preço do procedimento. Porém, a média de preço gira em torno de R$600,00, lembrando que pode variar de acordo com cada região.
Informações sobre saúde visual na palma da sua mão
Agora que você sabe tudo sobre a iridotomia, lembre-se que é muito importante se atentar aos sinais e sintomas que os nossos olhos dão. Além disso, é indispensável visitar regularmente o médico oftalmologista de sua confiança, principalmente se você tiver alguma doença ocular diagnosticada, como glaucoma, por exemplo.
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