Síndrome de Horner: o que é, causas, sintomas e como tratar

Síndrome de Horner: o que é, causas, sintomas e como tratar
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A síndrome de Horner é uma condição neurológica rara que afeta o rosto e os olhos de um lado do corpo, ocorrendo decorrente da interrupção ou comprometimento do funcionamento do sistema nervoso simpático. No artigo de hoje, falaremos sobre as causas da síndrome, principais sintomas, como realiza-se o diagnóstico e de qual forma tratá-la.

Síndrome de Horner: o que é?

A síndrome de Horner também é conhecida como síndrome de Bernard-Horner ou paralisia óculo-simpática, afetando o rosto e os olhos de um lado do corpo. Ela é causada pela interrupção de uma da via nervosa do cérebro ligada à cabeça e pescoço. Sobretudo, suas causas principais são desde a separação da artéria carótida até tumores pulmonares.

Esses nervos interrompidos, regulam a pressão sanguínea, frequência cardíaca, transpiração, tamanho da pupila, dentre outras funções importantes que precisam responder rapidamente a mudanças de ambientes. A síndrome também pode surgir devido a outros problemas de saúde, como, por exemplo, acidentes vasculares cerebrais, tumores e lesões na medula espinhal.

Todavia, os sintomas relacionados à Síndrome de Horner geralmente não causam complicações significativas à visão. No entanto, podem ser indicadores de outros problemas de saúde subjacentes. Por isso, se apresentar algum dos sintomas desta síndrome, é necessário consultar um médico. Em suma, não há um grupo de pessoas específicas mais afetadas pela síndrome. Dessa forma, qualquer pessoa com qualquer condição de saúde ou idade pode desenvolvê-la.

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Conheça as causas da síndrome de Horner 

A causa mais comum da síndrome ocorre devido a danos em vias específicas do sistema nervoso simpático, responsável por regular a frequência cardíaca, tamanho das pupilas, sudorese, pressão sanguínea entre outras funções importantes que precisam responder rapidamente a diversas mudanças de ambiente. As causas subjacentes dos danos causados nos nervos podem variar muito, sendo desde uma infecção no ouvido médio até um bloqueio da artéria carótida ou um tumor torácico apical.

Já em casos raros, a síndrome pode ser congênita, ou seja, desde o nascimento, onde geralmente surge devido a traumas na hora do nascimento, lesões nervosas ou da artéria carótida durante o parto. Todavia, em casos ainda mais raros ela também pode ser genética. Nesse sentido, a via nervosa danificada pela síndrome é dividida em três grupos de células nervosas (os neurônios):

Síndrome de Horner de primeira ordem (central):

A síndrome de Horner de primeira ordem (central) surge devido a danos aos nervos que saem do hipotálamo seguindo pelo tronco cerebral e medula espinhal.  A obstrução desta via nervosa ou danos a ela podem ocorrer devido a:

  • Uma interrupção repentina do fluxo sanguíneo para o tronco cerebral;
  • Tumor no hipotálamo;
  • Lesões na medula espinhal;
  • Esclerose múltipla;
  • Malformação de Chiari;
  • Encefalite;
  • Meningite;
  • Síndrome medular lateral também conhecida como síndrome de Wallenberg;
  • Siringomielia.

Síndrome de Horner de segunda ordem (pré-ganglionar):

A síndrome de Horner de segunda ordem é resultante de danos na via nervosa que vai do peito até a parte superior dos pulmões, seguindo ao longo da artéria carótida no pescoço. As condições que causam danos ou obstruem essa via nervosa incluem:

  • Tumores na parte superior do pulmão ou cavidade torácica.
  • Trauma no pescoço ou cavidade torácica devido a alguma cirurgia, ou acidente;
  • Lesões do plexo braquial;
  • Dente com abscesso na mandíbula.

Síndrome de Horner de terceira ordem (pós-ganglionar):

A síndrome de Horner de terceira ordem surge devido a danos na via do nervo que segue desde o pescoço até o ouvido médio e olho. Seu surgimento pode resultar de:

  • Lesões na artéria carótida;
  • Infecções no ouvido médio;
  • Lesões na base do crânio;
  • Enxaqueca ou dores de cabeça em salvas;
  • Síndrome paratrigeminal de Raeder.
  • Dissecção da artéria carótida interna ou aneurisma da artéria carótida;
  • Herpes Zoster;
  • Arterite temporal.

Sintomas mais comuns

A princípio, os sintomas afetam apenas um lado do rosto, eles incluem:

  • Queda da pálpebra superior (ptose);
  • Pupila contraída conhecida também como miose ou pupilas mióticas;
  • Anisocoria (tamanhos diferentes das pupilas);
  • Diminuição do suor ou falta de transpiração no rosto (anidrose).

Saiba tudo sobre o diagnóstico da síndrome de Horner

Antes de mais nada, para um diagnóstico correto o médico provavelmente pedirá testes e exames para identificar as possíveis causas. Dessa forma, identificando o melhor tratamento. Nesse sentido, além de um exame generalista, testes serão realizados para avaliar os sintomas e avaliar o histórico médico do paciente.

O oftalmologista também poderá realizar um teste ocular, onde ele irá depositar um colírio em ambos os olhos que irá dilatar ou contrair as pupilas. Assim, ele poderá comparar o olho saudável com o olho suspeito, identificando se a lesão na região danificada ocorreu devido à lesão do nervo, causada pela síndrome.

Testes adicionais poderão ser realizados pelo médico também, a fim de identificar o local e causa da lesão e se ela está relacionada a via nervosa. Os exames de imagem solicitados geralmente são:

  • Ressonância magnética (MRI);
  • Angiografia por ressonância magnética (ARM);
  • Ultrassom;
  • Raio-x do tórax;
  • Tomografia computadorizada (TC).

Além disso, o médico também pedirá exames de sangue, como, por exemplo, hemograma completo (CBC) e velocidade de hemossedimentação (ESR).

Tratamento

O tratamento para a síndrome de Horner pode variar muito, isso porque as causas podem ser diversas, desde motivos congênitos e genéticos, até por doenças. Então, somente após a descoberta da causa será possível realizar a prescrição do tratamento adequado. Contudo, existem casos em que o médico não irá elaborar um tratamento, pois não será necessário.

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Mantenha-se sempre informado sobre saúde ocular 

Como você pode ver até aqui, a síndrome de Horner pode surgir nos mais diversos grupos de pessoas, independente da idade, sexo, ou condição de saúde. Sobretudo, a síndrome pode ser detectada através dos olhos, onde podemos identificar uma diferença entre um olho e outro.

Dessa forma, um médico especialista poderá avaliar se realmente se trata da síndrome ou não. Por isso, é preciso estar atento aos principais sinais e sintomas dados pelos nossos olhos, pois eles dizem muito sobre a nossa saúde. Visite um oftalmologista regularmente para a prevenção de doenças, garantindo também uma boa visão. E, quando necessário, iniciar o tratamento precoce de algum problema de visão.

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Fontes:

Mayo Clinic

Cleveland Clinic

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