Pesquisas recentes apontaram que quando dormimos em excesso ou em quantidade insuficiente, estamos sujeitos a complicações. Além do surgimento de diversas doenças comprovadas, como o glaucoma, por exemplo. Por isso, no artigo de hoje, falaremos sobre um estudo realizado no Reino Unido que revelou uma conexão entre as consequências do distúrbios do sono, como a insônia, e a predisposição ao glaucoma e outros problemas oculares.
Distúrbios do sono e consequências que afetam a visão
Um estudo publicado em 2022 na revista acadêmica britânica The BMJ, revelou descobertas importantes sobre a relação entre distúrbios do sono e a incidência de glaucoma.
O estudo foi realizado pelo UK Biobank, um projeto de pesquisa de grande escala estabelecido no Reino Unido. Envolvendo o acompanhamento clínico por 30 anos de mais de 400 mil pessoas, que forneceram informações sobre seu histórico médico, estilo de vida e qualidade do sono, com idades entre 40 e 69 anos na época de seu início, em 2006.
Estudos anteriores também indicaram conclusões semelhantes, corroborando as descobertas do estudo realizado pelo UK Biobank. De modo que os resultados dessa pesquisa apontaram para uma associação significativa entre distúrbios do sono e um aumento na incidência de glaucoma. Ou seja, o estudo sugere que distúrbios como a insônia, por exemplo, podem ser fatores de risco para o desenvolvimento dessa doença ocular.
Dessa forma, o estudo apontou que, em comparação com pessoas com sono saudável, distúrbios como a apneia do sono e a sonolência diurna estavam ligados a um risco 11% maior de glaucoma. Enquanto a insônia e o sono excessivo ou insuficiente foram associados a um aumento de 13% no risco de reincidência de glaucoma.
No entanto, os pesquisadores reconhecem que existem explicações biológicas plausíveis para as associações encontradas entre distúrbios do sono e glaucoma. Por exemplo: a pressão interna do olho, um fator-chave no desenvolvimento do glaucoma, pode aumentar enquanto a pessoa está deitada, especialmente em casos de insônia.
Além disso, desequilíbrios hormonais, e condições como depressão e ansiedade, frequentemente associadas à insônia, também podem aumentar a pressão interna dos olhos. Ainda, episódios de baixos níveis de oxigênio celular, causados pela apnéia do sono, podem causar danos diretos ao nervo óptico.
Em relação às estimativas futuras, especialistas apontam que o glaucoma pode afetar cerca de 112 milhões de pessoas até 2040. Devido ao envelhecimento da população e ao aumento da prevalência de distúrbios do sono. Portanto, essa projeção ressalta ainda mais a importância de entender e abordar a relação entre esses dois problemas de saúde.
Confira de quais formas a falta de sono pode prejudicar a visão
A falta de sono pode impactar negativamente a visão de várias maneiras. Além do glaucoma, a privação crônica do sono também pode estar associada a outros problemas oculares, como a síndrome do olho seco, a degeneração macular e espasmo ocular. Por isso, é fundamental considerar a qualidade do sono como parte dos cuidados gerais com a saúde visual.
Distúrbios de sono: o que são, tipos e consequências
Os distúrbios do sono referem-se a uma ampla variedade de condições que afetam a qualidade, a quantidade e os padrões do sono. Essas alterações podem causar irritabilidade, baixo rendimento profissional, estresse e fadiga, por exemplo. Além disso, esses distúrbios estão associados a doenças cardiovasculares, demência, hipertensão e diabetes, entre outras. Confira os distúrbios do sono mais conhecidos:
- Insônia: é um dos distúrbios do sono mais comuns. A insônia se caracteriza pela dificuldade em adormecer, permanecer dormindo ou ter um sono de qualidade. Pode ser causada por fatores como estresse, ansiedade ou depressão, uso de medicamentos, condições médicas subjacentes ou maus hábitos de sono;
- Apneia do sono: outro distúrbio comum, em que ocorrem paradas temporárias e repetitivas na respiração durante o sono. Essas interrupções podem levar a despertares frequentes e à privação de oxigênio, resultando em fadiga diurna, sonolência excessiva e diversos problemas de saúde a longo prazo;
- Síndrome das pernas inquietas: a síndrome das pernas inquietas ocorre quando há uma sensação desconfortável nas pernas, frequentemente descrita como uma necessidade irresistível de movê-las, mais comum durante a noite e que pode interferir no sono, dificultando o adormecimento;
- Narcolepsia: a narcolepsia é um distúrbio neurológico crônico que afeta o controle do sono e da vigília. Por isso, pessoas com narcolepsia podem sofrer ataques incontroláveis e súbitos de sono durante o dia, além da perda repentina do controle muscular.
Manter uma rotina de sono adequada é essencial para a saúde e o bem-estar de cada pessoa. A quantidade de sono recomendada varia de acordo com a faixa etária. Desse modo, os especialistas recomendam que um adulto durma entre 7 e 9 horas diariamente. Já no caso de bebês e crianças, a quantidade de horas pode variar de 9 até 17 horas. Essas recomendações gerais podem variar de acordo com as necessidades individuais.
Entenda mais sobre o Glaucoma: definição, causas e como tratar
O glaucoma é uma doença ocular crônica causada pelo aumento da pressão intraocular que afeta o nervo óptico, responsável por transmitir as informações visuais do olho para o cérebro. Se não tratado, pode levar à cegueira.
No início, os sintomas do glaucoma são sutis ou até inexistentes. Porém, conforme a doença avança, os sinais aparecem e os mais comuns incluem visão em túnel, dor nos olhos e vermelhidão, diminuição da visão periférica e sensibilidade à luz.
Infelizmente, o dano causado pelo glaucoma é irreversível, mas é possível controlar a progressão da doença e evitar uma perda adicional de visão. Desse modo, o tratamento visa reduzir a pressão intraocular e pode envolver o uso de colírios, medicamentos orais, procedimentos a laser ou cirurgia, dependendo do estágio e do tipo de glaucoma.
Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para minimizar os danos da doença. Nesse sentido, exames regulares de rotina com um oftalmologista são fundamentais para detectar o glaucoma em estágios iniciais, antes que ocorra uma perda significativa da visão. Além disso, indivíduos com fatores de risco, como histórico familiar de glaucoma, idade avançada, pressão intraocular elevada ou diabetes, devem redobrar os cuidados.
Mantenha-se informado sobre saúde ocular
Ao longo desta leitura, pudemos entender melhor como um aspecto do dia a dia, como a qualidade do sono, por exemplo, pode afetar a saúde ocular. Por isso, encontra-se a necessidade de estar atento aos principais sinais e sintomas dados pelos nossos olhos: eles dizem muito sobre a nossa saúde.
Nesse sentido, destaca-se a importância de visitar um oftalmologista com frequência, pois cuidar dos nossos olhos regularmente garante que consigamos enxergar bem ao longo da vida, seja para prevenir doenças oculares ou tratar algum problema de visão.
Pensando nisso, nós, da Lenscope, temos como propósito levar informações valiosas sobre saúde ocular a todos e garantir que todos os que precisam de lentes mais finas tenham acesso a elas e a óculos de qualidade, por um preço mais justo. Então se você precisa de lentes mais finas, conte conosco.
Por fim, convidamos você, leitor, a visitar nosso site e fazer um orçamento online e gratuito para se surpreender com a facilidade de comprar lentes de qualidade por um preço mais justo.
Fontes: