Síndrome de Down e olho: conheça os principais problemas visuais

Síndrome de Down e olho: conheça os principais problemas visuais
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A síndrome de Down é uma anomalia nos cromossomos, que além de afetar o desenvolvimento físico e mental, atinge o olho das crianças com a síndrome. Pois, elas apresentam maiores riscos de desenvolver problemas visuais. Por isso, no artigo de hoje, falaremos tudo o que você precisa saber sobre os principais problemas e como cuidar da saúde visual de quem convive com a síndrome. Além de darmos dicas e orientações para pais e responsáveis. Acompanhe a leitura e descubra mais. 

Síndrome de Down e olho: saiba mais sobre a saúde ocular

A Síndrome de Down é uma condição genética que ocorre quando há uma cópia extra do cromossomo 21. Ou seja, ao invés de dois cromossomos, a criança apresenta três. Por isso, a síndrome também é conhecida como Trissomia 21.

Assim, entre as principais características da Síndrome de Down, estão algumas que têm mais potencial para causar problemas de visão, como olhos amendoados, anomalia na córnea, pálpebras oblíquas e problemas de coordenação muscular, inclusive músculos oculares, entre outras. Por isso, crianças com síndrome de Down têm maior probabilidade de precisarem de óculos.

Desse modo, segundo os dados da American Academy of Ophthalmology, a incidência de problemas oculares que requerem tratamento ou intervenção é maior entre as crianças portadoras de Síndrome de Down. Além disso, pode aumentar de acordo com a idade.  Os problemas visuais ocorrem em 38% das crianças com Síndrome de Down até 1 ano de idade. Ainda, podem chegar a até 80% em crianças com idades entre 5 e 7 anos.  

Realidade Brasileira 

Segundo o IBGE, existem 300 mil brasileiros com a síndrome. Usando o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) como base, é possível fazer um recorte em relação ao acompanhamento regular especializado de saúde por motivos relacionados à Síndrome de Down. 

Assim, segundo os dados divulgados pela pesquisa, em outubro de 2022, observa-se que as especialidades mais acessadas são: oftalmologia (81,21%), pediatria (70,11%), cardiologia (65,29%) e fonoaudiologia (59,02%). Esses dados reforçam a importância de consultar o médico que cuida da saúde dos olhos. Afinal, qualquer problema na visão pode comprometer expressivamente o desenvolvimento e o aprendizado, em especial das crianças. 

Problemas visuais mais comuns no olho com Síndrome de Down 

A seguir, falaremos sobre os problemas de visão mais comuns que acometem quem tem Síndrome de Down, porque ocorrem, a gravidade e o tratamento indicado.

Estrabismo

O estrabismo é uma condição que afeta cerca de 20% das crianças que têm Síndrome de Down e se caracteriza pelos olhos que apontam em direções diferentes. As principais causas do estrabismo em crianças com Síndrome de Down são problemas de coordenação muscular e as pálpebras oblíquas, características de quem tem a síndrome.  

Assim, o cérebro ignora a imagem formada pelo olho que apresenta o desvio e, quando não tratado adequadamente e a tempo, a visão nesse olho tende a reduzir e pode  ficar comprometida de modo permanente.  O tratamento para o estrabismo passa pelo uso de óculos, tampão, colírios e, nos casos mais graves, cirurgia. 

Nistagmo

É uma condição que ocorre em cerca de 10% das crianças com Síndrome de Down em que os olhos apresentam movimentos repetitivos e involuntários, oscilando para os lados ou para cima e para baixo. Além disso, crianças com  nistagmo  tendem a inclinar a cabeça para encontrar uma posição e assim compensar a movimentação dos olhos, chamada zona de bloqueio.

No entanto, a condição costuma desaparecer conforme a criança se desenvolve e, nos casos mais graves, o médico pode sugerir uma cirurgia chamada tenotomia para alterar a posição dos músculos que controlam o movimento dos olhos.  

Infecção nos olhos — Conjuntivite e Canal lacrimal obstruído

Crianças com síndrome de Down podem ser mais suscetíveis a desenvolver conjuntivite, uma inflamação da membrana que reveste a superfície do olho e a parte interna da pálpebra. 

Além disso, geralmente as crianças com a síndrome apresentam o canal lacrimal mais estreito, o que pode causar sua obstrução, condição em que o canal que transporta as lágrimas do olho até o nariz fica bloqueado, resultando em lacrimejamento excessivo e vermelhidão nos olhos. No entanto, esse problemas não são graves, com tratamento das infecções com uso de colírios antibióticos e a limpeza adequada dos olhos com água esterilizada ou soro fisiológico. 

Blefarite

A blefarite é uma inflamação moderada das bordas das pálpebras, que pode causar vermelhidão, coceira e descamação na região dos cílios. Em crianças com síndrome de Down, a blefarite tende a ser mais presente e o tratamento inclui limpeza diária da área com uma solução de água morna, xampu neutro e compressas de água morna, além do uso de pomadas e colírios nos casos mais persistentes.

Ceratocone

É uma condição muito mais comum em quem tem Síndrome de Down do que na população em geral e costuma aparecer entre o final da infância e a puberdade. Trata-se de uma doença progressiva que afeta a córnea e pode ocorrer devido a alterações estruturais da mesma, resultando em uma visão embaçada e distorcida. Seu tratamento pode incluir o uso de óculos ou lentes de contato especiais, ou em casos mais graves, procedimentos cirúrgicos para corrigir a córnea.

Catarata

A catarata é uma doença em que o cristalino do olho se torna opaco gradativamente, o que prejudica a visão e pode levar à cegueira. Embora seja uma doença que avança conforme envelhecemos,  pessoas com síndrome de Down têm um risco maior de desenvolver catarata em uma idade mais jovem do que a população em geral. Além disso, bebês com Síndrome de Down têm catarata congênita ou de desenvolvimento com maior frequência, se comparados com o restante da população.

Erros refrativos

Os erros refrativos comuns são mais presentes em quem tem Síndrome de Down. De modo que a miopia se manifesta em cerca de 14% das crianças em idade pré-escolar. Além disso, as chances de desenvolver miopia são ainda maiores na adolescência. No caso do astigmatismo, a incidência ocorre em cerca de 30% das crianças em idade pré-escolar e a hipermetropia fica na faixa de 40%.   

Síndrome de Down e olho: cuidados necessários com a saúde visual dos pequenos

Primeiramente, é importante ressaltar a importância de cuidar da saúde visual de todas as crianças. Desse modo, a melhor maneira de cuidar da saúde visual das crianças com síndrome de Down, inclui ações como avaliação oftalmológica regular desde a primeira infância, mesmo que não apresentem sintomas visuais aparentes. Além de limpar os olhos da criança diariamente para prevenir infecções e outras complicações. Também é importante garantir que os óculos sejam confortáveis e ajustados corretamente. 

Além disso, é preciso ficar atento a sinais como inclinação incomum da cabeça, fechar um olho com frequência, lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz, pálpebras caídas e estrabismo. Afinal, uma criança com Síndrome de Down pode encontrar dificuldade para expressar que não está enxergando bem ou  por vezes nem reclamar disso. 

Portanto, boas práticas de higiene aliadas a um atendimento oftalmológico, preferencialmente um oftalmopediatra, são imprescindíveis para proporcionar boa visão e qualidade de vida às crianças com Síndrome de Down. Por fim, de acordo com as  Diretrizes de Atenção à Pessoa com Síndrome de Down, o cronograma de exames oftalmológicos completos deve ser : 

    • Primeiro ano de vida: ao nascimento, 6 e 12 meses;
    • De 2 aos 10 anos de idade: uma vez ao ano;
    • De 10 aos 19 anos de idade: a cada dois anos;
    • A partir dos 19 anos de idade: a cada três anos.

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Neste artigo, mostramos como as doenças oculares afetam quem tem Síndrome de Down e os  tratamentos. Além disso, destacamos a importância dos cuidados necessários desde a infância, desde o acompanhamento regular com o oftalmopediatra até a atenção aos principais sinais e sintomas dados pelos olhos dos pequenos. 

Com esse objetivo, nós da Lenscope temos a missão de levar informações sobre saúde ocular para todos, assim como garantir que todos os que precisam de lentes mais finas tenham acesso a elas e a óculos de qualidade, por um preço mais justo. Ainda mais, caso você precise de lentes para óculos infantil, mais finas e resistentes, pode contar com as lentes mais finas e de qualidade da Lenscope. Então, não deixe de conhecer nosso site fazendo um orçamento gratuito e totalmente online.

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Fontes: 

EyeWiki

Cardiff University

NDSS

NVISION Eye Centers

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